A atuação do Instituto Terra na conservação da Mata Atlântica foi mais uma vez reconhecida pela Unesco, com a manutenção do título da RPPN Fazenda Bulcão como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA). O título foi obtido pelo Instituto Terra de maneira pioneira no Estado de Minas Gerais em 2009, e nesta segunda renovação terá validade até 2021.

Isso significa que a ONG ambiental continuará a atuar como centro de divulgação das ideias, conceitos, programas e projetos desenvolvidos pela Reserva da Biosfera, com ações significativas nos campos da proteção da biodiversidade, do desenvolvimento sustentável e do conhecimento científico e tradicional sobre a Mata Atlântica, conforme previsto no Programa Homem e Biosfera (MaB – Man and the Biosphere) lançado pela Unesco em 1971.

O Programa MaB prevê a cooperação científica internacional sobre as interações entre o homem e seu meio, determinando como missão da RBMA contribuir de forma eficaz para o estabelecimento de uma relação harmônica entre as sociedades humanas e o ambiente na área da Mata Atlântica.

Mais informações sobre a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica no site www.rbma.org.br

Em parceria com o Instituto Terra, Reflorestar inicia ações para proteger 500 nascentes no ES

O Programa Reflorestar, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) vai abrir uma nova chamada para reflorestamento e recuperação de 500 nascentes no Espírito Santo. Com a parceria do Instituto Terra, serão contemplados inicialmente produtores rurais do município de Baixo Guandu, com propriedades localizadas na Comunidade de Alto Mutum Preto, cabeceira do Rio Mutum Preto.

A primeira reunião com os produtores para assinatura dos convênios será no dia 21 de julho, às 9 horas, na Quadra de Esportes da Comunidade do KM 14, em Baixo Guandu.

De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Aladim Cerqueira, a ação virá complementar a atuação do Reflorestar. Ele destacou que a primeira ação no Córrego do Mutum visa a recuperação do rio que foi assoreado por uma chuva intensa em 2013, e será integrado a um plano de desassoreamento do rio e de construção de caixas secas.

“Esta parceria é de fundamental importância para conseguirmos vencer o grande desafio de recuperação desta região tão degradada. Serão necessários muitos anos e principalmente a ação conjunta de produtores, órgãos públicos e organizações de toda a sociedade para que possamos colher os frutos dessa transformação”, disse Isabella Salton, diretora executiva do Instituto Terra.

Entenda a parceria

As ações terão início pelo município de Baixo Guandu, onde, além da mobilização dos produtores, a participação do Instituto Terra permitirá elaborar estudo técnico sobre o uso e a ocupação do solo nas propriedades atendidas – indicando as necessidades de adequação ambiental –, além do acompanhamento e da vistoria das atividades implantadas pelo projeto. Todas essas atividades serão custeadas pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes).

O Governo do Estado do Espírito Santo, por meio do Programa Reflorestar, custeará a compra de parte dos insumos necessários à restauração florestal das áreas. Outra parte dos materiais – mourões, arame e grampos que serão utilizados para cercar as nascentes – será entregue aos produtores pelo Programa Olhos D’Água do Instituto Terra, a partir de doação recebida da ArcelorMittal Brasil.

Criada pela J.Walter Thompson para o Instituto Terra, iniciativa teve a colaboração do artista alemão Bartholomäus Traubeck, que transforma árvores devastadas em música

Para alertar contra desmatamento, uma nova campanha do Instituto Terra, em parceria com a J. Walter Thompson, foi literalmente ouvir as árvores ameaçadas de extinção na Mata Atlântica. Nos unimos ao artista alemão Bartholomäus Traubeck, que desenvolveu uma tecnologia a laser para ler e traduzir ranhuras e sulcos de um disco de pau-brasil em música: a Sinfonia do Adeus.

O artista optou por usar o som do piano para traduzir os dados extraídos em uma melodia dramática. Além de chamar atenção para o problema, o projeto pretende mobilizar pessoas e empresas para doação de recursos para as ações de reflorestamento desenvolvidas pelo Instituto Terra, ONG ambiental fundada por Lélia Wanick e Sebastião Salgado, que tem como missão o resgate ambiental em áreas degradadas de Mata Atlântica.

O pau-brasil utilizado pelo músico simboliza as milhares de árvores que são extraídas diariamente da Mata Atlântica, que tem hoje apenas 8% de seu tamanho original. “Até mesmo a nossa árvore mais simbólica, que deu nome ao nosso país, está dizendo adeus”, comenta Isabella Salton, Diretora Executiva do Instituto Terra.

Para isso, a J. Walter Thompson recorreu ao trabalho de Traubeck. “Sem utilização e fadada ao apodrecimento, usamos um anel de pau brasil para fazer as pessoas ouvirem o seu adeus”, comenta Rodrigo Grau, da Thompson.

“A Sinfonia do Adeus” estará disponível em diversas plataformas de streaming. As doações podem ser feitas por meio de valores simbólicos ou pela compra dos pôsteres artísticos do projeto, disponíveis no site: http://www.sinfoniadoadeus.com.br

O Instituto Terra iniciou neste mês de março a formação de mais uma turma do Núcleo de Estudos em Restauração Ecossistêmica (NERE), que oferece capacitação em recuperação de áreas degradadas de Mata Atlântica e proteção de nascentes. O curso é voltado para técnicos agrícolas, agropecuários, ambientais e florestais recém-formados.

A nova turma conta com 18 alunos, formados por escolas agrotécnicas do Espírito Santo e de Minas Gerais, em sua maioria oriundos de municípios banhados pela Bacia Hidrográfica do Rio Doce. O NERE conta com estrutura na própria RPPN Fazenda Bulcão, sede do Instituto Terra em Aimorés-MG, para alojar gratuitamente os estudantes durante o período do curso, que finaliza as aulas no mês de dezembro. Além de alojamento e alimentação, cada aluno recebe ainda uma ajuda de custo mensal durante o período de formação.

Durante o ano, os técnicos vão participar de aulas teóricas e práticas na área de restauração ambiental, de reflorestamento de Mata Atlântica e de proteção de nascentes, acompanhando os projetos desenvolvidos pelo Instituto Terra. O objetivo é que a partir do conhecimento adquirido, eles possam atuar como agentes de recuperação ecossistêmica, replicando um novo modelo de produção rural em propriedades e comunidades rurais, em especial as estabelecidas na região do Vale do Rio Doce.

A capacitação é oferecida pelo Instituto Terra desde 2005 e já formou 143 técnicos, sendo que desse total, a maioria está atuando em sua área de formação, em suas cidades de origem.

Em 2008, a iniciativa do curso garantiu ao Instituto Terra a conquista do Prêmio Ford Motor Company de Conservação Ambiental, na categoria Ciência e Formação de Recursos Humanos, pelo envolvimento com a comunidade e, sobretudo, pela proposta responsável de tornar o conhecimento científico acessível a pessoas do campo, que muitas vezes não têm acesso ao estudo formal.

Além disso, o Centro também contribui para o social, pois possibilita uma melhoria de qualidade de vida a muitos jovens da região que não têm perspectivas educacionais e profissionais. Natura, CST (ArcelorMittal Tubarão), Governo do Principado das Astúrias (da Espanha), CSN e Fundação Roberto Marinho são alguns dos parceiros que já patrocinaram o curso em anos anteriores. A turma de 2017 está sendo mantida com recursos do Instituto Terra, que busca novas parcerias para dar continuidade à iniciativa.

Com a parceria, Programa Olhos D’Agua vai proteger mais 85 nascentes na área da bacia, em Baixo Guandu (ES) e em Aimorés (MG)

Um total de 85 nascentes de rios afluentes do Rio Doce começam a ser recuperadas e protegidas a partir deste mês de fevereiro. As ações fazem parte do Programa Olhos D’Água do Instituto Terra, que com o apoio da Fundação Príncipe Albert II de Mônaco vão beneficiar diretamente 32 produtores rurais localizados nas micro-bacias dos rios Guandu e Mutum, no município de Baixo Guandu-ES, e do rio Capim, em Aimorés-MG.

Além das ações de cercamento e do plantio de mudas com espécies nativas de Mata Atlântica (quando houver necessidade), o programa prevê a instalação de uma fossa séptica biodigestora – de tecnologia da Embrapa – em cada unidade rural atendida, com o objetivo de evitar a contaminação do solo e do lençol freático pelo esgoto doméstico não tratado.

Também faz parte do programa a realização de um estudo para medir os ganhos obtidos em termos de qualidade e quantidade de água nas nascentes recuperadas. Todas essas ações devem ser concluídas até janeiro de 2018.

Esta é a segunda vez que a Fundação Príncipe Albert II de Mônaco destina recursos para o Programa Olhos D’Água do Instituto Terra. Na primeira vez foram contempladas 50 nascentes localizadas no município de Aimorés-MG (na micro-bacia do Rio Capim, afluente do Rio Doce), que desde 2014 estão protegidas e garantindo oferta de água para abastecimento das propriedades rurais atendidas, mesmo em períodos de seca.

A partir de parceria com a Fundação Renova, 217 produtores rurais foram beneficiados nas bacias do rio Suaçuí Grande, em Minas Gerais, e dos rios Pancas e Santa Maria do Doce, no Espírito Santo

O Instituto Terra concluiu em fevereiro a proteção de 511 nascentes de afluentes da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, a partir de uma parceria com a Fundação Renova. O trabalho contempla as bacias dos rios Pancas (envolvendo os municípios de Pancas, Governador Lindenberg, Marilândia e Colatina) e Santa Maria do Doce (em Colatina), do lado do Espírito Santo, e bacia do rio Suaçuí Grande (nos municípios Itambacuri, Frei Inocêncio, Jampruca e Campanário), do lado de Minas Gerais. Trata-se de mais um passo dentro do objetivo de promover a revitalização dos recursos hídricos na região.

A escolha das áreas prioritárias contou com a participação dos Comitês de Bacia envolvidos e lideranças das comunidades locais. Ao todo, 217 produtores rurais foram atendidos com o cercamento dos olhos d’agua em suas propriedades. Utilizando parte da metodologia do Programa Olhos D’Água do Instituto Terra, o projeto desenvolvido com o patrocínio da Fundação Renova tem como próximos passos a implantação de uma fossa séptica por unidades rural ate o proximo mês de agosto, bem como realização de plantios com mudas de espécies de Mata atlântica na área de entorno das nascentes na próxima estação chuvosa (entre novembro de 2017 e janeiro de 2018).

A Fundação Renova assumiu o compromisso de recuperar 5.000 nascentes na área da Bacia Hidrográfica do Rio Doce dentro do Termo de Transação de Ajustamento de Conduta (TTAC) assinado pela Samarco Mineração, com o apoio de suas acionistas, Vale e BHP Billiton, e Governos Federal e Estaduais do Espírito Santo e Minas Gerais, e outros órgãos governamentais. O Termo define as ações de reparação, restauração e reconstrução das comunidades impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão. A proteção de 500 nascentes até fevereiro de 2017 – cujas ações foram executadas pelo Instituto Terra – atende ao primeiro ano de recuperação solicitado no TTAC.

O Instituto Terra comunica aos seus parceiros, patrocinadores e à sociedade em geral que a partir de 21 de Fevereiro o engenheiro agrônomo Paulo Henrique Ribeiro assume o cargo de Analista Ambiental do Instituto Terra, função exercida nos últimos 15 anos pelo engenheiro agrônomo Jaeder Lopes Vieira, que deixa a instituição para novos desafios profissionais, e a quem o Instituto Terra agradece e deseja grande sucesso em sua nova jornada.

Paulo Henrique Ribeiro é graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Espírito Santo, onde cursou mestrado em Ciências Florestais na linha de pesquisa Silvicultura e Solos Florestais, e também o doutorado em Produção Vegetal na linha de pesquisa Solos e Nutrição de Plantas.

Assume a função com o desafio de ampliar e modernizar processos ambientais e de gestão, abrir novos campos de pesquisas e estudos, além de assegurar a manutenção dos processos de restauração ambiental em curso na RPPN Fazenda Bulcão, sede do Instituto Terra em Aimorés – MG, bem como atuar nos projetos de reflorestamento e proteção de nascentes desenvolvidos pela instituição no Vale do Rio Doce.

O Instituto Terra é uma organização civil sem fins lucrativos, fundada em abril de 1998 por iniciativa de Lélia Deluiz Wanick Salgado e Sebastião Salgado. Localizado na Fazenda Bulcão, Aimorés-MG, cuja área total é de 711,84 hectares, dos quais 608,69 constituem a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), a instituição atua há 18 anos na restauração ambiental do Vale do Rio Doce.

O desastre ambiental provocado pelo rompimento da barragem de mineração da Samarco em Mariana-MG, que agora completa um ano, provocou enorme desequilíbrio na região do Vale do Rio Doce, ao amplificar e multiplicar os problemas ambientais, sociais e econômicos, além de comprometer a vida ecológica na calha principal do rio Doce praticamente em quase toda a sua extensão.

Na época, o Instituto Terra lançou a proposta de constituição de um fundo financeiro a ser aportado pelas empresas responsáveis pelo desastre, capaz de absorver todas as despesas referentes à reparação dos prejuízos e com recursos suficientes para a reconstrução ecossistêmica de todo o vale. A iniciativa conclamava os poderes constituídos a garantir a destinação efetiva de todos os recursos necessários para a restauração do vale e a proteção de sua população, e evitar que o processo se concentrasse na lavratura de pesadas multas que, quase certamente, não se reverteriam para a reparação pretendida. Pleiteamos, ainda, que o fundo fosse gerido por uma entidade independente, com uma governança que permitisse um diálogo direto com a sociedade, e com uma administração ética e transparente.

Um acordo entre as empresas Samarco, e suas acionistas Vale e BHP Billiton, junto aos governos Federal e dos Estados do Espírito Santo e de Minas Gerais, possibilitou a constituição inicial de um fundo de 20 bilhões de reais, soma inicial no entendimento de que as empresas colocarão os recursos que forem necessários no financiamento – a curto, a médio e a longo prazos – para a reparação e reconstrução do que foi destruído e a recuperação ecossistêmica da calha principal do rio, o que só se fará por meio da recuperação e da proteção de suas águas. Para implementar e gerir essas ações foi criada a Fundação Renova.

Se o imprescindível trabalho de recuperação da bacia do Doce vai levar anos, em paralelo devem ser adotadas medidas de extrema importância ecológica para toda a região em seu entorno, de forma a garantir o abastecimento, a produção de alimentos e poder fazer voltar a girar a economia local.

Com quase duas décadas de atuação na região, o Instituto Terra entende que, para o rio sair desse quadro de degradação ecológica – que o transformou em uma calha de lama e esgoto – é preciso intensificar o processo de recuperação de seus afluentes, possibilitando trazer água e vida nova ao Doce.

As ações ambientais já identificadas por estudos como determinantes para o resgate da água na região, envolvem implantar um sistema de esgotamento sanitário em cada aglomeração urbana de todo o vale, para atacar a questão da poluição de suas águas, bem como restaurar as Áreas de Preservação Permanente e de Reservas Legais, tal como determinado pelo Código Florestal. Isto significa, reflorestar os topos dos morros, para assegurar que a água da chuva se infiltre no solo; reconstruir as matas ciliares, que serão os filtros para proteger o rio dos rejeitos carreados pelas chuvas; e replantar ao redor de todas as nascentes da bacia hidrográfica, estimadas em mais de 350 mil olhos d’água. Junto a estas iniciativas, o Instituto Terra acrescenta a necessidade de olhar para a área rural, com a instalação de fossa séptica nas propriedades, de modo a permitir o retorno de um volume de água limpa ao rio.

O Instituto Terra participa por meio de seu responsável técnico e científico, e em conjunto com representantes dos Comitês de Bacia do Doce, da Câmara Técnica “Restauração Florestal e Produção de Água”. Essa câmara foi criada como órgão consultivo pelo Comitê Interfederativo, no âmbito do Termo de Transação e Ajuste de Conduta, e vem cuidando da análise técnica dos projetos apresentados ao Fundo, instituído pelo mesmo Termo.

Com o objetivo direto na revitalização do Rio Doce, o Instituto Terra vem sistematicamente ampliando o Programa Olhos D’Água para proteção de nascentes. Nos últimos seis anos, o programa permitiu recuperar e proteger 973 nascentes, principalmente na região do médio Rio Doce, enquanto no começo de 2015 já iniciava a captação de recursos para a recuperação de mais 5.000 nascentes no prazo de cinco anos.

Dentro deste plano e ao longo de 2016, o Instituto Terra mobilizou, contratou e iniciou a recuperação de 1.120 novas nascentes, com recursos oriundos de parceiros como o Governo de Minas Gerais, a Fundação Anne Fontaine, a Fundação Príncipe Albert II de Mônaco, a Fundação Vitalogy, a ArcelorMittal Brasil, os Ministérios Públicos do Espírito Santo e de Minas Gerais. Também negocia a contratação de mais 780 nascentes junto à Fundação Banco do Brasil e ao BNDES. Todos esses projetos objetivam recuperar 1.900 olhos d’água de afluentes do Rio Doce, nas bacias dos rios Manhuaçu e Suaçuí, em Minas Gerais, e rio Guandu, no Espírito Santo.

Para se somar a estas, outras 500 nascentes vão receber os primeiros trabalhos de proteção a partir deste mês de novembro, com a formalização de um contrato com a Fundação Renova. Estão distribuídas nas bacias do Suaçuí Grande, envolvendo os municípios de Jampruca, Campanário, Itambacuri e Frei Inocêncio, em Minas Gerais; do Santa Maria do Doce, em Colatina (ES); e na bacia dos rio Pancas, nos municípios de Pancas, Governador Lindenberg, Marilândia e Colatina, também do lado do Espírito Santo.

Já no campo das captações no exterior, o Instituto Terra negocia novos projetos para recuperação de nascentes, num cenário de mais longo prazo. Assim como, para atender a futura grande demanda de mudas, está empenhado na captação de recursos para instalação de um novo viveiro, com capacidade para 5 milhões de plantas/ano.

Ainda neste ano foram produzidas no viveiro do Instituto Terra perto de 600 mil mudas de espécies de Mata Atlântica e, na área de educação ambiental, com o curso para formação de agentes de desenvolvimento rural sustentável, estão sendo capacitados mais 28 técnicos especializados na recuperação de nascentes e restauração da Mata Atlântica, a maioria com possibilidade de atuação direta na área da bacia do Doce.

Com uma experiência de 18 anos atuando na restauração florestal na área da bacia do Doce, o Instituto Terra defende que, mesmo com pressa ou atrasados diante do muito que precisa ser feito, não se deve correr o risco de transformar esse processo de recuperação num laboratório de testes em larga escala, para evitar, sobretudo, a violação do ecossistema específico da região. É preciso ser responsável com a natureza, pois já existem tecnologias consolidadas e testadas de restauração de Mata Atlântica, bioma predominante na região da bacia, caracterizado por uma rica biodiversidade.

Para enfrentar todos esses desafios, além de grande base de conhecimento técnico, será preciso contar com grande investimento financeiro. Neste sentido, torna-se prioritária a interlocução de todos os agentes públicos e privados envolvidos, a fim de somar esforços e confirmar compromisso com o vale do Rio Doce, para garantir o cumprimento das ações assumidas pela Fundação Renova, principalmente na ampliação e aplicação correta dos recursos.

O tempo agora é de realizar.

O Instituto Terra e o Google convidam as pessoas a uma experiência on-line, dinâmica e imersiva de descoberta da diversidade e fragilidade da natureza, de uma maneira sem precedentes. Os usuários da Internet agora podem descobrir os tesouros da história natural a partir de uma nova coleção virtual, parceria entre o Google e as mais emblemáticas instituições de história natural do mundo, entre elas o Instituto Terra, como representante do bioma Mata Atlântica, com duas exposições sobre o trabalho que realiza no Vale do Rio Doce.

Na coleção do Instituto Terra é possível conferir como foi a reconstrução de uma floresta em uma área antes completamente degradada pelo uso inadequado dos recursos naturais; e também comprovar como esta área hoje se tornou refúgio seguro para espécies da fauna brasileira de Mata Atlântica. Por meio de imagens, áudios e vídeos, será possível conhecer aves de pura beleza tropical, como o papagaio-chauá e o maracanã, e até mesmo os registros de mamíferos como a jaguatirica, todos ilustres moradores da floresta plantada pelo Instituto Terra na RPPN Fazenda Bulcão.

Coleção História Natural – Além do Instituto Terra, a nova coleção de História Natural do Google reúne outras 58 instituições de 16 países, entre elas o Museu de História Natural de Londres, o Museum für Naturkunde em Berlim e o Museu Americano de História Natural. Ao navegar pela coleção do Google será possível também ficar de frente com os gigantes jurássicos em vídeos 360 graus, tendo uma noção melhor de como esses animais viviam. Ao todo, são mais de 100 histórias fascinantes, reunindo um total de 300 mil fotos, vídeos e outros documentos online. As mais recentes tecnologias ajudam a trazer a magia desses locais lendários à vida, e dar a todos a chance de se reconectar com a história da nossa evolução e toda riqueza do meio ambiente do nosso planeta.

A nova exposição online abre hoje em g.co/naturalhistory e está aberta para todos, de forma gratuita na web e através do aplicativo móvel Google Artes & Cultura em iOS e Android. Também é possível assistir a todos os vídeos 360 graus no YouTube.

A experiência do Instituto Terra na recuperação de nascentes na região da Bacia Hidrográfica do Rio Doce foi compartilhada com participantes do projeto “Preservar Florestas é Cultivar Água”, desenvolvido pela ONG Caminhadas e Trilhas – Preserve, de Cachoeiro de Itapemirim e com foco na revitalização da Bacia do Rio Novo, no Espírito Santo.

Analista Ambiental do Instituto Terra, Jaeder Lopes Vieira apresentou as ações de restauração ecossistêmica e de recuperação de nascentes no contexto da RPPN Fazenda Bulcão, bem como as ações de apoio aos produtores rurais por meio de assistência técnica, visando promover a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis, associadas à conservação dos recursos naturais.

O encontro foi realizado no final de julho em Vargem Alta-ES, na RPPN Mata da Serra, que apresenta 14,54 hectares reconhecidos como Reserva Particular do Patrimônio Natural pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, integrando o Corredor Central da Biodiversidade de Mata Atlântica. Além de produtores rurais, participaram do evento agentes públicos federais, estaduais e municipais, e moradores da região.

“A troca de experiências entre agentes do terceiro setor é extremamente importante. É um dos caminhos para fomentar novas ideias e projetos, considerando que os objetivos, de maneira geral, convergem para a promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades em que estas instituições estão inseridas”, avaliou Jaeder Lopes.

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