O Instituto Terra, com o patrocínio da Energest e do Instituto EDP, acaba de concluir a proteção de mais 15 nascentes de afluentes da bacia do Rio Guandu, sub-bacia do Rio Doce localizada no município de Baixo Guandu. Assim como as demais bacias que abastecem o Espírito Santo, o Rio Guandu enfrenta nível crítico de degradação dos recursos hídricos, motivado pelo processo de ocupação desordenado sem levar em conta a necessidade de proteção e conservação dos recursos naturais.

Para efetivar a proteção, iniciada em janeiro de 2013, o Instituto Terra promoveu inicialmente a mobilização e capacitação de 15 produtores rurais, cujas unidades rurais abrigavam as nascentes protegidas. Essa fase, que exigiu a visita de técnicos do Instituto Terra às propriedades, bem como a realização de reuniões com as associações locais de produtores, contou com parcerias junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Baixo Guandu, junto ao Instituto de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), ao Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF) e ao Comitê de Bacia do Rio Guandu.

Com os produtores conscientes da necessidade de preservar os recursos hídricos e promover o reflorestamento, foi realizado o isolamento dos olhos d’água, promovidos plantios com espécies de Mata Atlântica no entorno dos mesmos, bem como foram realizados os estudos georeferenciados de uso e ocupação do solo de cada uma das propriedades atendidas, propondo as adequações ambientais necessárias.

As ações de proteção na bacia do Rio Guandu fazem parte do “Doces Nascentes Capixabas”, projeto do Instituto Terra que segue para sua terceira edição, também contando com o apoio da EDP, visando promover a recuperação de outros 13 olhos d’água, beneficiando mais 13 produtores rurais. Nesta nova etapa, no entanto, além de promover a recuperação dos ecossistemas naturais associados às nascentes, o projeto vai ajudar os produtores a promover o Cadastro Ambiental Rural (CAR), bem como a adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA).

O “Doces Nascentes Capixabas” integra as ações do “Olhos D’Água”, programa do Instituto Terra que tem como meta proteger todas as nascentes do Rio Doce.

A Rede Gazeta é a nova parceira do Instituto Terra no Programa Olhos D’Água. A empresa de comunicação vai apoiar a divulgação das ações do programa que visa recuperar todas as nascentes do Rio Doce, estimadas em mais de 370 mil.

Os fundadores do Instituto Terra, Lélia Deluiz Wanick Salgado e Sebastião Salgado assinaram o termo de parceria juntamente com o diretor-geral e a diretora de Desenvolvimento Institucional da Rede, Café Lindenberg e Letícia Lindenberg, durante o Fórum SOS Rio Doce, realizado no dia 11 de março, em Vitória.

“O projeto é para recuperar todas as nascentes do Rio Doce. Isso vai para mais de 30 anos. É uma parceria que está aberta, ela não tem fim. São mais de 30 mil nascentes”, acrescentou a diretora da Rede, Letícia Lindenberg.

O evento promoveu debates sobre a grave crise que afeta a bacia hidrográfica do Doce, e que foi alvo de uma expedição científica realizada pela TV Gazeta Norte e Noroeste recentemente. Participaram empresários, gestores públicos e ambientalistas.

“É preciso ter consciência que já estamos atrasados frente ao problema da água. Não vamos conseguir resolver para amanhã, pois exige tempo. Uma nascente recuperada e protegida leva alguns anos para restabelecer por completo o fluxo de água. Temos que agir rápido”, alertou a presidente do Instituto Terra, Lélia Deluiz Wanick Salgado, lembrando que recuperar as nascentes, junto com o reflorestamento dos topos de morro e matas ciliares, é fundamental para garantir que os rios tenham água no futuro.

Vice-presidente do Instituto Terra, Sebastião Salgado, apontou a formação de parcerias como único caminho possível para reverter o atual quadro de degradação ambiental. “Nós matamos os nossos rios. Todos nós somos responsáveis, o problema é de todos. Temos que contar com todas as entidades, empresas, Governo Federal, governos estaduais e municipais, e com a sociedade, para poder fazer”.

Também participaram o fórum o professor e pesquisador do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Abrahão Elesbon, e o diretor do Instituto Terra, Henrique Lobo, que deu exemplos de rios recuperados em várias cidades do mundo. A jornalista Miriam Leitão participou como mediadora dos debates.

Com o objetivo de unir forças em favor da recuperação do Rio Doce, o Instituto Terra recebeu representantes dos Comitês que compõem a Bacia Hidrográfica do Rio Doce. O encontro foi realizado no dia 6 de março, em sua sede em Aimorés (MG).

Com a participação dos fundadores e dirigentes do Instituto Terra, Lélia Deluiz Wanick Salgado e Sebastião Salgado, o encontro permitiu aos representantes dos CBHs conhecerem melhor os resultados do Programa Olhos D’água, que tem como meta proteger todas as nascentes do Rio Doce, e que em fases mais avançadas deverá contar com a participação de todos os comitês.

Também participaram do evento o presidente do CBH-Doce, Leonardo Deptulski; o diretor geral do IBIO-AGB Doce, Ricardo Valory; além de representantes dos Comitês das Bacias afluentes. O Instituto Terra propôs uma parceria junto aos comitês para que seja possível definir áreas prioritárias a serem trabalhadas pelo programa, que acaba de receber o apoio da ArcelorMittal Brasil, que irá destinar recursos da ordem de R$ 6,8 milhões para prover o programa com insumos como grampos, mourões e arame, viabilizando a parte do isolamento dos olhos d’água.

Para delimitar essa área que será inicialmente trabalhada, a proposta é utilizar como referência o Plano Integrado de Recursos Hídricos (PIRH) da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (PIRH), que contempla metas para a recuperação da bacia até 2030.

Após a realização da “Expedição Diagnóstico Científico Rio Doce”, a Rede Gazeta e o Instituto Terra assinam um termo de parceria e realizam o Fórum SOS Rio Doce, na próxima quarta-feira, 11 de março, em Vitória (ES). O debate terá a participação dos fundadores do Instituto, Sebastião Salgado e Lélia Wanick, com a mediação da jornalista Miriam Leitão.

O encontro, limitado a convidados no auditório da Rede Gazeta, vai apresentar o resultado da expedição e o programa “Olhos D’água” de preservação das nascentes do rio. Entre os debatedores estão o pesquisador do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Abrahão Elesbon, junto com o engenheiro sanitarista e ambiental Henrique Lobo e o presidente do Comitê da Bacia do Rio Doce, Leonardo Deptulski, que participaram da expedição científica.

Rio Doce

A Bacia hidrográfica do Vale do Rio Doce se estende entre os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e banha 230 municípios, sendo 28 no Espírito Santo e 202 em Minas Gerais. Sua extensão abrange uma área de 8.264.600 hectares (INPE, 2000), ou 82.646 km2, o que equivale à superfície de um país como Portugal. Com um total de 853 quilômetros de percurso, o Rio Doce deságua na Vila de Regência, em Linhares (ES).

Diagnóstico Científico do Rio Doce

A TV Gazeta Norte e a Noroeste realizaram a série de reportagens “Expedição Diagnóstico Científico Rio Doce” no final do ano passado. A expedição começou na divisa do Espírito Santo com Minas Gerais, na cidade mineira de Aimorés, onde o grupo se reuniu na sede do Instituto Terra, conhecido como um refúgio de recuperação e preservação da Mata Atlântica.

Ao todo, a expedição percorreu 160 quilômetros, até a foz do Rio Doce, no mar de Regência em Linhares. No caminho, os pesquisadores coletaram e analisaram as condições de poluição, vazão e profundidade da água. Os especialistas também fizeram um levantamento completo do solo, da flora e da fauna às margens do Rio Doce. A equipe de reportagem esteve, inclusive, no município mineiro de Governador Valadares, maior cidade localizada às margens do Doce, onde o esgoto é lançado em tratamento dentro do rio.

O diagnóstico encontrado no Espírito Santo poderá ser usado como um parâmetro para a preservação do rio também em Minas Gerais, afinal, os problemas são praticamente os mesmos nos dois Estados.

Sobre o Programa Olhos D’Água

Desenvolvido pelo Instituto Terra desde 2010, o “Olhos D`Água” envolve sete municípios banhados pela bacia hidrográfica localizada entre os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e foi escolhido pela ONU-Água, em 2011, como uma das 70 melhores práticas para a recuperação e conservação dos recursos hídricos em nosso planeta. O programa se divide em projetos menores, com parceiros, patrocinadores e locais de atuação diferentes. Além disso, todos os projetos envolvem a mobilização das comunidades e dos pequenos proprietários rurais, do poder público municipal e do Comitê da Bacia.

O programa “Olhos D`Água” exige a conscientização de pequenos produtores rurais (a maioria das nascentes se encontra dentro dessas pequenas propriedades), além da elaboração de projeto técnico de uso e ocupação do solo e da distribuição de insumos para proteção e recuperação dos mananciais. Após a conclusão dessas primeiras etapas, o Instituto Terra também realiza, por um período de três anos, o monitoramento da vazão e qualidade da água das nascentes protegidas.

O Instituto Terra é uma organização civil sem fins lucrativos fundada em abril de 1998, que atua na região do Vale do Rio Doce, entre os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Suas principais ações envolvem a restauração ecossistêmica, produção de mudas de Mata Atlântica, extensão ambiental, educação ambiental e pesquisa científica aplicada.

Convidados do Fórum SOS Rio Doce

Miriam Leitão – Jornalista, colunista do jornal O Globo, comentarista da TV Globo, Globonews e CBN, escritora e autora do best-seller Saga Brasileira.

Sebastião Salgado – Fotógrafo e economista formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com pós-graduação na Universidade de São Paulo e na Universidade de Paris. Ele é cofundador e vice-presidente do Instituto Terra.

Lélia Wanick Salgado – Diretora artística de fotografia e arquiteta formada pela École Nationale Supériure des Beaux-Arts, Paris, além de licenciada e mestre em Urbanismo pela Université Paris VIII. Ela é esposa de Sebastião Salgado e também cofundadora e presidente do Instituto Terra.

Abrahão Elesbon – Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes), campus Colatina. Ele também é engenheiro Civil formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), mestre em Engenharia Ambiental, doutor em Engenharia Agrícola, pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria do Doce. Sua área de atuação é o Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos.

Leonardo Deptulski – Formado em Engenharia Industrial Mecânica e bacharel em Ciências Contábeis, ele é presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, presidente do Condoeste, presidente do Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico do Espírito Santo (CISABES), presidente do Cointer e vice-presidente da Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes). Leonardo Deptulski também é prefeito de Colatina.

Henrique Lobo Gonçalves – Engenheiro agrônomo, sanitário e ambiental, formado pela Universidade Federal de Viçosa e Universidade Católica de Minas Gerais. Atua como relações institucionais da Estrada de Ferro Vitória a Minas – Vale, é também membro do Comitê do Rio Doce e Comitê do Rio Santa Maria da Vitória. Foi membro do Conselho da Biosfera da Mata Atlântica e do Conselho do Fundo Nacional de Meio Ambiente, além de ter participação técnica no Projeto França – Brasil do Rio Doce.

Serviço:
Fórum SOS Rio Doce

Data: 11/03 (quarta-feira) – Horário: a partir das 17h. Local: Auditório da Rede Gazeta, em Vitória. Entrada: o encontro é para convidados.

Uma parceria entre Instituto Terra e a ArcelorMittall Brasil, com a participação do Governo do Estado do Espírito Santo, vai ajudar na proteção de 4.750 nascentes de afluentes do Rio Doce, entre os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais a partir do Programa Olhos D’Água.

A empresa vai destinar quantia equivalente a R$ 6,8 milhões em insumos como grampos, arames e mourões, em quantidade suficiente para cercar 4.750 nascentes de afluentes do Rio Doce, beneficiando diretamente cerca de 2,5 mil proprietários rurais, conforme o termo de cooperação assinado pelo presidente da ArcelorMitall Brasil e do segmento de Aços Planos América do Sul, Benjamin Baptista Filho, e também pelo CEO da ArcelorMittal Aços Longos América Central e do Sul, Jefferson De Paula.

A parceria, segundo destacou a presidente e fundadora do Instituto Terra, Lélia Wanick Salgado, se mostra relevante neste momento de crise de água, por servir como exemplo para a necessidade das empresas também se engajarem na busca de soluções.

“Estamos vivendo um momento dramático na sociedade. Precisamos de água e de ar para viver, e apenas com a ajuda das florestas podemos garantir isso”, alertou o vice-presidente e fundador do Instituto Terra, Sebastião Salgado, destacando que a ONG ambiental detém tecnologia para recuperar a Mata Atlântica e produzir água.

Governo do ES – Do total de nascentes beneficiadas pela parceria com a Arcelor, 1.000 estão localizadas no lado capixaba do rio e vão receber do Governo do Espírito Santo apoio técnico e financeiro para complementar as ações previstas pelo Programa Olhos D’Água do Instituto Terra. O Protocolo de Intenções foi assinado pelo Governador Paulo Hartung, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rodrigo Júdice, e da presidente do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Sueli Passoni Tonini.

São ações que do lado capixaba da Bacia vão beneficiar cerca de 500 produtores, envolvendo: reflorestamento com espécies de Mata Atlântica no entorno dos olhos d’água; capacitação dos produtores rurais; realização do diagnóstico ambiental das propriedades rurais onde as nascentes estão localizadas – indicando o uso atual do solo e as necessidades de adequação para correto ingresso no Cadastro Ambiental Rural; além da instalação de fossas sépticas biodigestoras, para tratamento do esgoto doméstico, evitando a contaminação do lençol freático. Todas essas atividades já estão previstas no programa realizado pelo Instituto Terra desde 2010 e que tem como meta proteger todas as nascentes desta importante bacia hidrográfica, estimadas em mais de 370 mil.

O Programa Olhos D’Água foi efeito pela ONU-Água como uma das 70 melhores práticas em execução no mundo hoje para revitalizar recursos hídricos.

A crise hídrica é uma pauta urgente também para o Governo do Espírito Santo, conforme foi demonstrado, na última terça-feira (20), por um grupo de secretários de Estado e diretores de empresas e autarquias da gestão Paulo Hartung, que esteve reunido com representantes do Instituto Terra para conhecer melhor o trabalho realizado pela ONG ambiental na recuperação das nascentes do Rio Doce. “O grande desafio hoje é produzir água”, disse o chefe de Gabinete do Governador, Neivaldo Bragato.

No encontro realizado na sede da Secretaria de Estado da Agricultura (SEAG), em Vitória, foi apresentado o programa Olhos D’Água, que embute a meta do Instituto Terra de recuperar e proteger mais de 300 mil nascentes de afluentes da Bacia Hidrográfica do Rio Doce nos próximos 30 anos, bem como estabelecer um modelo de revitalização dos recursos hídricos que pode ser replicado em outras regiões do Estado e do País.

Por parte do Governo do Espírito Santo, de acordo com a fala dos vários representantes presentes na reunião, a proposta é trabalhar a questão da água de maneira integrada, reunindo esforços de secretarias, empresas, órgãos e autarquias do executivo capixaba no grande desafio que é garantir a oferta hídrica nos próximos anos, para o consumo humano, a indústria e principalmente a agropecuária.

Além de Bragato, participaram da reunião o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (SEAG), Octaciano Neto; o secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (SEDURB), João Carlos Coser; o secretário de Estado dos Transportes e Obras Públicas (SETOP), Paulo Ruy; o diretor presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF), Eduardo Chagas; a diretora presidente do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Sueli Passoni Tonini; a diretora presidente do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), Letícia Toniato Simões; o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEAMA) Rodrigo Júdice; a diretora presidente da Companhia Espírito Santense de Saneamento (CESAN), Denise Cadete; o diretor de Operação do Interior da Cesan, Carlos Fernando Martinelli; a diretora de Operação Metropolitana da Cesan, Sandra Sily; o subsecretário de Estado de Saneamento e Habitação, João Luiz Paste; a superintendente de Comunicação do Governo, Andréia Lopes; entre outros representantes do Governo do Espírito Santo.

Representando o Instituto Terra estiveram presentes José Armando de Figueiredo Campos, membro do Conselho Diretor; Adonai Lacruz, superintendente Executivo; Gladys Nunes, analista de Educação; e Gilson Gomes, analista de Projetos.

“Não é possível falar em desenvolvimento das atividades industriais, agroindustriais, e nem da geração de energia, se não houver a oferta de água”, observou o superintendente Executivo do Instituto Terra, Adonai Lacruz, lembrando que a possibilidade de uma crise hídrica está cada vez mais próxima de se tornar realidade no Vale do Rio Doce, principalmente na porção capixaba.

Projeções que indicavam um déficit hídrico de 5,05 m3/s e 2,14 m3/s nas bacias da Barra Seca e do São José, respectivamente, somente daqui a 30 anos, estão sendo revistas e já se fala em um prazo de 10 anos para esse cenário se comprovar, aumentando os conflitos pelo uso da água e exigindo medidas como racionamento. “A recuperação de nascentes é uma das ações urgentes que podem ajudar a reverter esse quadro e aumentar a produção de água”, destaca Adonai.

Com o programa Olhos D’Água, viabilizado a partir da parceria de empresas e outras fundações, o Instituto Terra desde 2010 já promove o resgate de nascentes localizadas em pequenas propriedades rurais da região do Vale do Rio Doce. O programa, inclusive, foi considerado pela ONU uma das melhores práticas em execução no mundo para garantir a oferta de água. “O que estamos propondo agora é aumentar a escala de atuação e fazer mais em menos tempo. Para isso, o apoio da esfera pública envolvida, principalmente dos Governos do Espírito Santo e de Minas Gerais, é de vital importância”, explica Lacruz.

Com o título “Trilhas fenomenológicas no Instituto Terra, Aimorés-MG: tecendo educação ambiental e educação popular pelo viés da transdisciplinaridade”, a professora Maria Aparecida Vianna Lodi publicou artigo na Revista de Educação Popular abordando experiências de educação ambiental e educação popular vivenciadas no Instituto Terra.

A iniciativa envolveu a comunidade local da área visitada e integrantes da Roda Biocêntrica – Prainha – Vila Velha/ES. “Pelo viés da transdisciplinaridade, destaca-se a importância da realização das trilhas fenomenológicas nessa Unidade de Conservação (UC), expressando uma educação ambiental aprendente, coletiva e transformadora, que envolve o cuidado consigo, com o outro e com o mundo”, explica Lodi, que é mestre em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo, professora da rede municipal de ensino de Vila Velha-ES, e pesquisadora do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Estudo em Educação Ambiental (NIPEEA), coordenado pela Profª Drª Martha Tristão.

O artigo completo está disponível em: http://www.seer.ufu.br/…/reveducpop/article/view/27089/15932

style=”color: black”>Quem somos e no que acreditamos?

Aquecimento global, mudanças climáticas, catástrofes ambientais, escassez de água, produção de alimentos que já não supre a necessidade da população mundial. Diante do quadro assustador que a modernidade apresenta para o futuro da humanidade, o discurso da sustentabilidade ganha cada vez mais força. Assim como se tornam urgentes ações que transformem a realidade no sentido da recuperação e preservação ambiental no planeta Terra.

Desde 1998, Lélia Deluiz Wanick e Sebastião Salgado partiram para a ação, com o objetivo de refazer o que foi destruído. Mais que levantar a bandeira da preservação, também plantaram árvores. Fundaram o Instituto Terra, uma organização civil sem fins lucrativos, e transformaram a antiga Fazenda Bulcão, antes uma área degradada como inúmeras outras propriedades do Vale do rio Doce / MG, num exemplo de como é possível recuperar a Mata Atlântica, produzir água doce e educar para uma vida mais sustentável.

O Instituto Terra está perto de concluir um projeto de recuperação de Mata Atlântica sem precedentes no Brasil em termos de área contínua. Trata-se do reflorestamento de 6.086.900 m² da Fazenda Bulcão, que estava totalmente degradada quando recebeu o título de Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN), em 1998.

Como fazemos acontecer?

Projetos de restauração ecossistêmica, incentivo ao desenvolvimento rural sustentável, pesquisa científica e educação ambiental. São essas as sementes que o Instituto Terra planta.

Mais de 15 mil pessoas, de 176 municípios já foram capacitadas, entre agricultores, professores, alunos, técnicos ambientais e lideranças comunitárias. Mais de 40 milhões de m² foram reflorestados e mais de 2,5 milhões de mudas já foram produzidas. Tudo graças às doações feitas por nossos parceiros.

O que o planeta ganha com isso?

Em 10 anos, a paisagem da Fazenda Bulcão se transformou completamente. As nascentes voltaram, as árvores cresceram e por ano são plantadas pelo menos 130 mil mudas de espécies da Mata Atlântica.

Isso tudo mostra que, sim, é possível unir esforços, desenvolver novas tecnologias que beneficiem o meio ambiente e criar nas pessoas uma nova consciência.

Todo esse trabalho do Instituto Terra é o primeiro passo para recuperar uma parte do ecossistema mais rico em biodiversidade do planeta e o segundo mais ameaçado de extinção. Por isso, os pesquisadores consideram uma das prioridades a conservação dessa região.

Para se ter uma ideia da devastação, há algumas décadas, a Mata Atlântica recobria 16% de todo território brasileiro. Eram 17 estados, totalizando mais de 1,3 milhões de km². Atualmente apenas 6,98% (102 mil km²) da área original está ocupada pela Mata Atlântica (INPE 2006), o que é preocupante. Afinal, cerca de 110 milhões de pessoas vivem onde originalmente era a Mata Atlântica (cerca de 61% da população brasileira, de acordo com o IBGE, em 2007) e dependem da conservação da mesma para garantir a qualidade da água potável.

Como você pode participar?

Fazer a diferença pela Mata Atlântica custa menos do que você imagina. Basta acrescentar os centavos que faltam para arredondar o valor total da sua fatura do cartão de crédito do Banco do Brasil.

Funciona assim: as doações variam de R$ 0,01 a R$ 0,99 e dependem do valor da conta que será arredon­dada. Por exemplo, se uma fatura tem o valor de R$ 34,95 , a quantia necessária para inteirar R$ 35,00 é R$ 0,05. Ou, se outra fatura tem o valor de R$ 80,05 , a microdoação seria de R$ 0,95.

Viu? É assim que você completa o trabalho que o Instituto Terra já começou há 11 anos. E é assim que você apóia os nossos projetos de educação e recuperação ambiental. Pode até não parecer, mas seus centavos valem muito.

Faça a sua adesão e colabore.

– Home banking do Banco do Brasil: Menu Cartões / Solicitações diversas / Arredondamento de fatura – Doação Veja vídeo demonstrativo

– Central de Atendimento do Banco do Brasil
Capitais: 4004-1011
Demais localidades: 0800 729 1011

– Terminais de auto-atendimento: opção Cartões / Outras opções / Doação / Adesão.

O que é o programa “Arredonde sua conta”?

Todo mundo sabe da importância da preservação, da recuperação de áreas degradadas, da conservação de matas, rios e espécies. Mas como fazer alguma coisa para ajudar? Quanto de dinheiro é necessário para contribuir?

Com o projeto “Arredonde sua conta”, os clientes do Banco do Brasil podem contribuir com o Instituto Terra. Basta aderir e estar de acordo com o arredondamento da conta, que não será inferior a um centavo nem superior a noventa e nove centavos.

É um programa de microdoações por adesão voluntária dos clientes do Banco do Brasil, através do arredondamento para cima das faturas de seus cartões de crédito.

O programa promove microdoações como um processo não-excludente e indolor, pois o valor a ser doado independe do valor da fatura e a doação varia de um a noventa e nove centavos.

As doações são destinadas a manutenção e ampliação das ati­vidades do Instituto Terra.

Veja mais em: https://institutoterra.org/arredonde/

A experiência do Instituto Terra na recuperação da Mata Atlântica e das fontes de água da Bacia Hidrográfica do Rio Doce serviu de inspiração para o lançamento do mais novo livro da Academia Brasileira de Direitos Humanos (ABDH), que reuniu artigos inéditos de juristas de universidades do Brasil e de Portugal para compor a publicação “Direitos Humanos e Meio Ambiente – Obra dedicada ao Instituto Terra”.

A obra coletiva terá pré-lançamento durante o I Seminário Integrado de Direitos Humanos. O evento é uma realização da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Espírito Santo (OAB-ES), sendo que a apresentação da publicação está agendada para o dia 9 de dezembro, às 9h30, no auditório da Faculdade Multivix, em Vitória-ES.

A publicação aborda a busca de soluções para os problemas e obstáculos jurídicos relacionados à questão ambiental no Brasil e no mundo, tais como: Patrimonialização do Meio Ambiente; Gestão Democrática das Águas do Brasil; O Controle das Áreas Contaminadas; Alterações Climáticas, Ordenamento do Território e Proteção da Orla Costeira; O Uso de Herbicidas e a Violação aos Direitos Humanos por Impactos Ambientais; Tutela do Meio Ambiente do Trabalho; e A proteção do Meio Ambiente na Constituição Federal de 1988, entre outros.

Entidade de âmbito nacional, de caráter científico e sem fins lucrativos, a Academia Brasileira de Direitos Humanos congrega profissionais e estudantes do Direito envolvidos com a temática dos Direitos Humanos e com os caminhos legais para sua efetivação no Brasil e no mundo. Tem como missão manter a luta perene e constante pelas causas da Justiça e dos Direitos Humanos, mediante o incentivo a estudos, pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos científicos e técnicos, com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social e o combate à pobreza, na busca da inclusão social.

O Instituto Terra é finalista na edição 2014 do Prêmio da Agência Nacional das Águas (ANA) com o programa de recuperação de nascentes Olhos D’Água. Fundado por Sebastião Salgado e Lélia Wanick Salgado, o Instituto Terra já teve o mesmo programa reconhecido pela ONU Água como uma das 70 melhores práticas do mundo para proteção dos recursos hídricos.

O programa Olhos D’Água do Instituto Terra, que concorre ao Prêmio ANA na categoria ONG, tem como meta proteger todas as nascentes do Rio Doce, em municípios do Espírito Santo e Minas Gerais, dentro dos próximos 30 anos. São mais de 370 mil olhos d’água. O trabalho já foi iniciado, mas exige a colaboração de muitos para ser concluído. Empresas, governos e doadores individuais podem se somar ao projeto.

Saiba mais

O Prêmio ANA envolve sete categorias e busca premiar iniciativas que estimulam o combate à poluição e ao desperdício e apontam caminhos para assegurar água de boa qualidade e em quantidade suficiente para o desenvolvimento e a qualidade de vida dos brasileiros. Saiba mais sobre o Prêmio ANA 2014 em http://premio.ana.gov.br/Edicao/2014/projetos.aspx.

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