Educação Ambiental

Centro de Educação e Recuperação Ambiental – CERA

Desde o início, os fundadores do Instituto Terra, Lélia Deluiz Wanick Salgado e Sebastião Salgado, se mobilizaram para tornar o Instituto num pólo irradiador de uma nova consciência ambiental, baseada na recuperação e conservação florestal. E para implementar os componentes de educação e pesquisa, o Instituto Terra criou, em 19 de fevereiro de 2002, o Centro de Educação e Recuperação Ambiental (CERA).

Sua missão é contribuir para o processo de recuperação ambiental e o desenvolvimento sustentável da Mata Atlântica, em especial na região da Bacia do Rio Doce. Por meio do CERA as tecnologias desenvolvidas são difundidas, sendo estimulada uma reflexão sobre o atual modelo de desenvolvimento, visando potencializar a formação de agentes de transformação rumo ao desenvolvimento rural sustentável.
Centenas de projetos educacionais já foram desenvolvidos para um público superior a 82 mil pessoas, de mais de 170 municípios do Vale do Rio Doce, entre os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais, alcançando também os Estados da Bahia e Rio de Janeiro.

A estratégia do CERA é trabalhar o público que tenha importância acentuada para a recuperação e conservação ambiental local e regional, tais como: professores de escolas técnicas agrícolas e florestais; professores de escolas de ensino fundamental e médio; prefeitos, secretários de meio ambiente, lideranças políticas e, principalmente, os produtores rurais da região.

Núcleo de Estudos em Restauração Ecossistêmica – NERE

Inaugurado em agosto de 2005, o Núcleo de Estudos em Restauração Ecossistêmica proporciona a formação pós-técnica, teórica e prática, de técnicos agrícolas, ambientais e florestais. O objetivo desse núcleo é se tornar referência na capacitação de profissionais que possam atuar na recuperação de áreas degradadas, na restauração e valoração ambiental, além de fazer uso sustentável dos recursos naturais e de técnicas alternativas à produção, administração e manejo de propriedades rurais.

A construção da residência dos alunos e a aquisição de equipamentos contaram com a colaboração da Philips do Brasil e da Fundação Florindon, na Suíça. E o estudo para a criação do currículo do curso foi financiado pela International Finance Corporation (IFC).

Funcionando em regime de semi-internato, incluindo alojamento e alimentação, a capacitação oferecida pelo Núcleo de Estudos em Restauração Ecossistêmica abre 20 vagas a cada ano.

O investimento na formação destes técnicos, orientados para a conservação e recuperação ambiental da Mata Atlântica, visa atingir um público muito específico: os agricultores da região do médio Rio Doce, bem como empresas e Governo. É um dos meios que permite ao Instituto Terra replicar o conhecimento adquirido na recuperação da Mata Atlântica, incentivando um modelo de agricultura sustentável na região.

Meio Ambiente na Educação

É um dos principais projetos desenvolvidos pelo Centro de Educação e Recuperação Ambiental – CERA tem como objetivo fomentar e implementar as diretrizes da educação ambiental nas escolas dos municípios da área de abrangência do Instituto Terra.

Voltado para a capacitação de gestores de escolas e professores de primeiro e segundo graus, o programa é o caminho adotado pelo Instituto Terra para estimular a inclusão de temas ambientais no currículo e nas atividades escolares.

Seu programa, com dois anos de duração, envolve a realização de cursos, oficinas e atividades especiais com a participação da comunidade. Prevê também, em cada escola, a formação de uma minibiblioteca temática e a nomeação de dois monitores ambientais para coordenar e dinamizar a implantação de atividades internas e a renovação de conhecimentos sobre a questão ambiental.

O programa já capacitou mais de 400 professores da rede de ensino pública e privada de Aimorés-MG, município sede do Instituto Terra. Uma parceria estabelecida com a empresa Vale, em 2009, permitiu a sua expansão para mais quatro municípios do Médio Rio Doce, entre os Estados de Minas Gerais (Resplendor e Itueta) e Espírito Santo (Baixo Guandu e Colatina – Distrito de Itapina). Com isso, mais 716 professores do Ensino Fundamental e Médio de 77 escolas da região estão sendo capacitados.

Inicialmente fruto de um convênio entre o Instituto Terra e o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF-MG), o programa Meio Ambiente na Educação teve início em 2002. Um dos importantes parceiros para sua implantação, bem como da infra-estrutura necessária nas instalações do Instituto Terra para sua realização, foi a Natura Cosméticos. O Governo da Província de Roma (Itália) também destinou recursos para a fase incial do programa, que contou ainda o apoio técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater) e da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Terrinhas

Um dos resultados mais importantes do Programa Meio Ambiente na Educação do Instituto Terra é o Projeto Terrinhas, criado em 2005 e que forma monitores ambientais mirins selecionados entre os próprios alunos (do quarto ao sétimo ano do ensino fundamental) das escolas participantes do programa.

Foto: ©Arquivo Instituto Terra

O Projeto Terrinhas foi iniciado em 2005, também como projeto piloto em escolas públicas e privadas de Aimorés-MG. A primeira turma foi formada em dezembro de 2008 e reunia 350 alunos, meninos e meninas, com idades entre 8 e 14 anos, que a partir dos conhecimentos adquiridos, hoje estão prontos para agir em defesa do meio ambiente e da Mata Atlântica.

Os alunos escolhidos para se tornarem os monitores ambientais mirins são denominados carinhosamente de “Terrinhas” e recebem informação para atuar nos projetos pedagógicos de educação ambiental desenvolvidos nas escolas. Eles participam de atividades educativas em visitas ao Instituto Terra e recebem kits de material didático, que compartilham com os colegas nos trabalhos escolares ligados ao tema Meio Ambiente.

Dessa forma, os “Terrinhas” se tornam importantes agentes de sensibilização para a causa do meio ambiente na comunidade escolar e também junto aos seus familiares. Por meio desse efeito multiplicador, o projeto já atingiu mais de 3,2 mil alunos da rede de ensino pública e particular de Aimorés, somando ainda mais 12,8 mil pessoas da comunidade local como beneficiários indiretos.

O projeto Terrinhas contou, em seu início, com a parceria da Unesco e da Rede Globo/Projeto Criança Esperança, sendo selecionado por duas vezes pela Unesco como projeto modelo de educação ambiental.

Por meio de uma parceria estabelecida entre o Instituto Terra e a empresa Vale, a partir de 2009, assim como o programa Meio Ambiente na Educação, o Projeto Terrinhas também passou a atingir mais quatro municípios do Vale do Rio Doce, beneficiando mais 77 escolas para a formação de mais 375 alunos.

Projeto Genesis estimula debate ambiental em escolas

A natureza em seu estado mais puro, só encontrada em pontos extremos do planeta, onde a interferência humana é mínima ou está em perfeito equilíbrio com o meio ambiente. Esse foi o ponto de partida para provocar a reflexão e sensibilização de estudantes do ensino fundamental das 11 escolas de Resplendor, em Minas Gerais, para a necessidade urgente de o homem assumir uma nova postura em relação ao meio ambiente, pautada pelo espírito da conservação.

Paisagens físicas e humanas registradas pelo fotógrafo Sebastião Salgado em expedições pelo mundo dentro do projeto Genesis deram forma e conteúdo ao Projeto Educacional de mesmo nome, que no ano de 2012 envolveu 165 professores atuantes nas unidades de ensino públicas e privadas do município mineiro de Resplendor.

Sensibilizados pelas fotografias, os alunos concluíram o aprendizado produzindo trabalhos gráficos que integraram a Mostra Ecopedagógica “Conexão biodiversidade: a essência da vida”, realizada no final de novembro de 2012, nas dependências do Instituto Terra, em Aimorés-MG. A mostra recebeu um público de 724 alunos do município de Resplendor, sendo uma das ferramentas para mobilização da classe estudantil em torno da temática ambiental.

“Embora as fotos do projeto fotográfico Genesis apresentem situações de âmbito mundial, o projeto educacional utiliza estratégias formativas voltadas para a ação local, estimulando os alunos a associarem os problemas abordados à sua própria experiência de vida, tomando iniciativas para melhorar essa realidade”, explica Gladys Nunes, analista educacional do Instituto Terra e coordenadora do projeto no município de Resplendor.

Iniciado em 2005, o Projeto Educacional Genesis baseia-se em fotografias produzidas por Sebastião Salgado justamente com a finalidade de sensibilizar as pessoas e levá-las à reflexão sobre a relação homem-natureza. A primeira aplicação desse projeto, realizada no período de 2006 a 2007, ocorreu em 80 escolas municipais e estaduais e em 13 escolas particulares dos cinco municípios da região metropolitana de Vitória-ES, quando contou com apoio da Unesco, Editora Bei, Amazonas Images e da siderúrgica Arcelor-Mittal Tubarão.

Levar o projeto educacional Genesis para escolas do Vale do Rio Doce integra a estratégia do Instituto Terra de promover a educação ambiental com foco na promoção do desenvolvimento sustentável. As fotografias de Sebastião Salgado foram transformadas em manuais, cartazes e vídeos que foram utilizados pelas escolas do município mineiro de Resplendor durante as aulas e oficinas desenvolvidas dentro do projeto educacional, cuja proposta pedagógica se insere nas recomendações da Unesco para a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável.

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