No Instituto Terra, as abelhas do tipo sem ferrão tornaram-se importantes parceiras no trabalho de reflorestar a Mata Atlântica. Desde maio de 2019 um meliponário – coleção de colmeias de abelhas sem ferrão (Meliponíneos) de vários tipos – está instalado na sede da instituição, na área reflorestada da RPPN Fazenda Bulcão.

Também conhecidas como abelhas da terra, abelhas indígenas, abelhas nativas ou abelhas brasileiras, as abelhas sem ferrão vivem em colônias e são consideradas polinizadoras, por excelência, das plantas nativas. Por isso possuem uma elevada importância ecológica, econômica e até mesmo estética.

Todas as atividades relacionadas à meliponicultura estão sendo conduzidas pelos estudantes do Núcleo de Estudos em Restauração Ecossistêmica (NERE) da ONG ambiental. São técnicos agrícolas, ambientais, agrários e florestais recém-formados, que durante o período de um ano, em regime de semi-internato, participam das atividades restaurativas desenvolvidas pelo Instituto Terra na região e na própria RPPN, dentro do Curso de Formação de Agentes em Restauração Ecossistêmica, oferecido de forma gratuita anualmente.

“Se as abelhas são importantes para a floresta, são importantes para toda a rede de animais que vive aqui também. Além disso, por se tratar de espécies dóceis e sem riscos para as pessoas, poderemos por meio de atividades de educação ambiental, informar sobre a importância da preservação das abelhas nativas”, explica a Orientadora Educacional do Instituto Terra, Andressa Catharina.

Para Andressa Catharina, esse trabalho iniciado pelo Instituto Terra, e que já é praticado por meliponicultores em todo Brasil, é muito importante para incentivar a preservação e criação de abelhas nativas, e desse modo protegê-las da extinção. “Estaremos assim contribuindo, não apenas para a sobrevivência da espécie humana, mas para toda a rede de polinização e fortalecimento de espécies nativas florestais, e por consequência para a produção de alimentos e sobrevivência da fauna”, afirma.

O Instituto Terra realizou em 2019 cursos de meliponicultura, abertos à comunidade, por meio de uma parceria com o SENAR Minas e Sindicato dos Produtores Rurais de Aimorés. Na oportunidade os alunos do NERE e os colaboradores do Instituto Terra, bem como integrantes da comunidade local interessados, puderem aprender melhor sobre a biologia, criação e especificidade das abelhas nativas. O curso deve entrar no calendário anual de atividades da instituição.

As espécies presentes nas colmeias do Instituto Terra são as seguintes:

Grupo Trigonas
– Iraí (Nannotrigonatestaceicornis)
– Jataí (Tetragoniscaangustula)
– Lambe-Olhos (Leurotrigonamuelleri)
– Mirim (Plebeia droryana)

Grupo Melíponas
Mandaçaia (Meliponaquadrifasciata)
Manduri amarela (MeliponamarginataRufis)
Uruçu amarela (Meliponamondury)

A luta pelo equilíbrio ambiental não tem fronteiras. Sediada na França, a Fundação Lemarchand é uma importante incentivadora das ações do Instituto Terra na recuperação da Mata Atlântica e do Rio Doce.

Ao longo dos últimos anos, já apoiou ações de reflorestamento e custeio de gastos com gestão administrativa da ONG ambiental fundada por Lélia Wanick e Sebastião Salgado. No ano de 2019 voltou a destinar recursos, desta vez para apoiar na continuidade da formação de novos alunos no curso de de formação de “Agentes de Restauração Ecossistêmica”.

Organização filantrópica familiar criada há 11 anos com a missão de apoiar projetos que visam reconectar o homem à natureza, a Lemarchand assumiu o compromisso de destinar 27 mil Euros por ano, entre 2019 e 2021, para garantir a formação de três alunos a cada turma anual do Núcleo de Estudos em Restauração Ecossistêmica (Nere).

Acreditamos que a educação é a única maneira de ter um impacto verdadeiramente positivo em nossas práticas ecológicas humanas e, portanto, em nosso meio ambiente a longo prazo”, disse Laure Fourteau-Lemarchand, da Fundação Lemarchand.

Laure ressalta que ao ensinar às novas gerações como viver de maneira a não prejudicar o meio ambiente e até restaurar os ecossistemas, o Instituto Terra está construindo uma nova maneira de pensar em nosso relacionamento com a natureza. “É exatamente isso que a Fundação Lemarchand visa: tornar novamente harmoniosa a relação entre homem e natureza”, acrescenta. “Esperamos que esses jovens que se formam no programa do Instituto Terra sejam os líderes locais de amanhã, capazes de disseminar ainda mais essas novas práticas e convencer seus pares de nossa necessidade vital de ter um relacionamento respeitoso com a Natureza”, justifica Laure Fourteau-Lemarchand.

O curso – A capacitação em recuperação de áreas degradadas de Mata Atlântica e proteção de nascentes é uma das principais iniciativas do Instituto Terra na área de Educação Ambiental. Oferecida gratuitamente desde 2005, a formação é voltada para técnicos agrícolas, agropecuários, ambientais e florestais recém-formados, e já capacitou mais de 170 técnicos. Esses jovens aprendem na prática, participando dos projetos desenvolvidos pelo Instituto Terra na área de reflorestamento, proteção de nascentes e desenvolvimento rural sustentável. Com a oferta de 20 vagas anualmente, o curso funciona em uma estrutura própria na RPPN Fazenda Bulcão, que tem capacidade para alojar gratuitamente os estudantes durante o período de formação, que dura um ano. Saem aptos a atuar como incentivadores do desenvolvimento rural sustentável, auxiliando os pequenos produtores rurais, em suas cidades de origem. Em 2019, o Núcleo de Estudos em Restauração Ecossistêmica também recebeu apoio da Fundação Genevoise.

Lamentavelmente, após três anos da tragédia de Mariana, recebemos com a mais profunda tristeza a notícia do desastre em Brumadinho (MG) devido ao rompimento de barragem de rejeitos da Mina Córrego do Feijão, da empresa Vale, na última sexta-feira (25). Não podemos deixar de manifestar nossa solidariedade a todas as famílias atingidas.

A tragédia que se repete em Minas Gerais fere profundamente o sentimento de todos nós, sobretudo pelas vidas sacrificadas. Também são inestimáveis os sérios impactos ambientais, sociais e culturais relacionados. Esses impactos são os que afetaram e afetam até hoje milhões de pessoas que vivem na área da bacia do Rio Doce atingida pelo rompimento da barragem de Fundão, e que agora se replicam atingindo também a área do rio Paraopeba, um dos principais afluentes do rio São Francisco.

Nunca é fácil lidar com uma tragédia. Mas, diante de mais uma, cabe refletir principalmente sobre o que não se aprendeu com o desastre de Mariana. Isso extrapola questões judiciais, indenizatórias, de compensação ou de reparação. Se já sabemos que a natureza impõe o seu próprio tempo, para a vida humana, o tempo é agora.

Minas Gerais conta com centenas de barragens como a de Mariana e a de Brumadinho, que dão vazão à atividade econômica da mineração. Atividade que tanto representa e traz divisas para o País, mas que definitivamente expõe uma ferida que faz sangrar toda a nação.

Não podemos admitir novas tragédias dessa magnitude, em virtude de erros que já deveriam ter sido sanados. É preciso que sejam entendidas as causas, apuradas as responsabilidades e definidas ações em vários níveis, que eliminem este tipo de ameaça. Não podemos esquecer que toda e qualquer atividade, seja extrativa ou de restauração, só faz sentido na perspectiva da biodiversidade na qual o ser humano faz parte. (Instituto Terra)

Desde 2018, em Aimorés, Minas Gerais, quem recebe penas por delitos de menor gravidade, principalmente relacionados ao meio ambiente, e que possam se reverter em prestação de serviços à comunidade pode cumprir a sentença trabalhando em atividades voltadas à recuperação ambiental dentre as promovidas pelo Instituto Terra.

Ao longo de 2019, foram 19 apenados atendidos pela ONG ambiental, graças à parceria celebrada com a Promotoria de Justiça de Aimorés, ligada ao Ministério Público de Minas Gerais. Ao todo, desde o início, foram 30 pessoas atendidas pela parceria.

O acordo permite a participação dos apenados em diversas ações, tais como trabalho no viveiro de mudas e auxílio nas atividades de proteção de nascentes. A parceria traz ganhos para a recuperação do meio ambiente ao mesmo tempo em que integra a comunidade com a educação ambiental.

Termo de Cooperação assinado com o Instituto Terra também permite destinar recursos de TAC´s para ações de reflorestamento e proteção de nascentes no Vale do Rio Doce

Em Aimorés, Minas Gerais, quem recebe penas por delitos de menor gravidade, principalmente relacionados ao meio ambiente, e que possam se reverter em prestação de serviços à comunidade pode cumprir a sentença trabalhando em atividades voltadas à recuperação ambiental dentre as promovidas pelo Instituto Terra.

Essa iniciativa foi possível a partir de parceria celebrada com a Promotoria de Justiça de Aimorés, ligada ao Ministério Público de Minas Gerais. O acordo inclui a participação dos apenados em diversas ações, tais como trabalho no viveiro de mudas, auxílio nas atividades de proteção de nascentes, além dos cuidados diários e em especial com as áreas verdes dentro da RPPN Fazenda Bulcão – sede do Instituto Terra.

“Desde agosto, já recebemos quatro apenados e a experiência foi positiva, tendo papel importante na conscientização para a importância do cuidado com a natureza. Esta aproximação com o Ministério Público de Aimorés é muito interessante também para aproximar ainda mais a comunidade local no trabalho desenvolvido pelo Instituto Terra em favor do meio ambiente do Vale do Rio Doce”, disse Isabella Salton, diretora Executiva do Instituto Terra.

O mesmo Termo de Cooperação vai permitir também que recursos oriundos de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC´s) oficializados por meio da Promotoria possam ser direcionados – nos casos que se enquadram – às ações de proteção ambiental desenvolvidas pelo Instituto Terra na região, desde que as atividades contempladas supram o impacto ambiental identificado.

“A parceria reafirma o compromisso do Ministério Público na defesa dos interesses da sociedade, promovendo a recuperação do meio ambiente e a integração da comunidade com a educação ambiental”, afirmou o promotor Público de Aimorés, Marcio Ayala Pereira Filho.

São 20 vagas voltadas para capacitação gratuita de jovens formados pelas escolas agrotécnicas da região do Vale do Rio Doce

Jovens recém-formados em cursos técnicos nas áreas Agrícola, Ambiental, Florestal e em Agropecuária que estiverem dispostos a atuar com o reflorestamento de áreas degradadas de Mata Atlântica e na proteção de nascentes tem a oportunidade de aprender mais sobre as técnicas disponíveis a partir do curso “Aperfeiçoamento Profissional em Restauração Ecossistêmica”, oferecido gratuitamente pelo Instituto Terra. As inscrições prévias para o processo seletivo para a turma 2019 podem ser feitas até o dia 13 de dezembro.

Ofertado pelo Instituto Terra desde 2005, o curso já capacitou 161 técnicos e pretende abrir 20 vagas para o próximo ano – a confirmação do início das aulas dependerá dos recursos obtidos junto a financiadores. A capacitação é coordenada pelo Núcleo de Estudos em Restauração Ecossistêmica- NERE, que funciona na própria RPPN Fazenda Bulcão, sede do Instituto Terra em Aimorés-MG.

Os estudantes selecionados entre os formados pelas escolas agrotécnicas e família agrícola da região do Vale do Rio Doce passam a residir nas dependências do Instituto Terra durante o período da capacitação – de fevereiro a dezembro -, tendo a RPPN como campo de atividades práticas. As aulas seguem carga horária flexível e calendário próprio, de forma que os alunos possam vivenciar pelo menos um período de plantio no Instituto Terra.

O NERE é uma verdadeira escola de práticas para reconstrução ambiental que permite a esses jovens se relacionarem diretamente com os pequenos produtores rurais, a partir dos projetos desenvolvidos pelo Instituto Terra, ajudando a disseminar conhecimento sobre práticas agro-ecológicas de produção, reflorestamento de Áreas de Proteção Permanente e de Reservas Legais, bem como derevitalização de nascentes.

Os estudantes selecionados também participam de várias iniciativas envolvendo atividades de educação ambiental junto às comunidades do entorno da sede da ONG ambiental. São jovens oriundos em sua maioria de famílias rurais, e com perspectiva de atuação na própria região do Vale do Rio Doce, em suas cidades de origem, no segmento de empregos ‘verdes’. “Neste sentido, o curso é também um importante meio para compartilhar com a sociedade o conhecimento adquirido pela ONG na restauração ambiental de uma região de Mata Atlântica que está entre as mais degradadas do País”,confirma Gladys Nunes, analista de Educação do Instituto Terra e coordenadora do NERE.

“Estamos sempre em busca de novas parcerias para permitir a continuidade na oferta anual dessa capacitação e empresas ou pessoas físicas que queiram contribuir são muito bem-vindas”, destaca Isabella Salton, diretora Executiva do Instituto Terra, lembrando que a capacitação já recebeu premiações, como em 2008 o Prêmio Ford Motor Company de Conservação Ambiental, na categoria Ciência e Formação de Recursos Humanos, pelo envolvimento com a comunidade e, sobretudo, pela proposta responsável de tornar o conhecimento científico acessível a pessoas do campo.

No ano de 2017 e 2018, o curso recebeu patrocínio da Fundação Renova, dentro da perspectiva de atuação desses jovens nos projetos de recuperação florestal em curso no Vale do Rio Doce após o desastre de Mariana.Natura, CST (ArcelorMittal Tubarão), Governo do Principado das Astúrias (da Espanha), CSN, Fundação Aperan e Fundação Roberto Marinho são alguns dos outros parceiros que já patrocinaram o curso em anos anteriores.

Serviço:

Processo Seletivo para a Turma 2019 do Curso de Aperfeiçoamento Profissional em Restauração Ecossistêmica

Data: Até 13 de dezembro de 2018

Pré-requisitos: Ter 18 anos completos e formação de nível médio nas áreas Ambiental, Ciências Agrárias, de Terras e afins

Informações e inscrições: 33 3267-2025-Ramal 215 ou pelos e-mails [email protected][email protected] ou [email protected]

Recursos arrecadados com uma única apresentação de dança, realizada em janeiro deste ano na Holanda, estão agora garantindo a proteção de 30 nascentes de afluente do Rio Doce, o Rio Manhuaçu. A iniciativa é do Nederlands Dans Theatre (NDT), e a doação está sendo empregada no Programa Olhos D’Água do Instituto Terra. Após cadastrar produtores e selecionar as nascentes, foi realizado projeto técnico para apontar as necessidades de intervenção ambiental em cada unidade selecionada e feita a entrega de materiais para construção de cercas ao redor dos olhos d’água.

Entre os meses de outubro e novembro serão entregues ainda as mudas nativas de Mata Atlântica para permitir os plantios, pelos próprios produtores, na área de entorno de cada nascente. “Estimamos doar cerca de 3,4 mil mudas para cada nascente em que for identificado que a regeneração natural da vegetação não será possível”, informa Gilson Gomes Junior, coordenador do Programa Olhos D’Água do Instituto Terra.

Ao final do projeto, com todas essas ações, será possível ajudar na recuperação ambiental de uma área total de 13 hectares, envolvendo 12 pequenas propriedades rurais do município de Mutum, no Estado de Minas Gerais, onde as nascentes selecionadas estão localizadas.

O NDT é uma companhia de dança contemporânea de renome mundial com sede em Haia, que escolheu o Instituto Terra para receber a doação da receita arrecadada com a venda dos ingressos de seu espetáculo anual, denominado Switch. A apresentação foi realizada em janeiro deste ano, no Teatro Zuiderstrand, e possibilitou angariar 34,5 mil Euros.

O projeto Switch – É desenvolvido há 30 anos pela companhia NDT e permite que os dançarinos assumam o controle total do espetáculo – desde a criação das coreografias e a sua execução, até o gerenciamento da produção, captação de recursos e esforços de marketing. A iniciativa também objetiva promover a conscientização e o reconhecimento para a causa de uma instituição sem fins lucrativos e são os próprios dançarinos que escolhem a instituição beneficiada a cada ano.

A escolha do Instituto Terra, baseado no Brasil, para receber a receita arrecadada na noite da edição 2018 do projeto, deu-se pelo fato da companhia “se identificar com os valores morais e ambientais praticados pela instituição”, conforme informou Eve-Marie Dalcourt, da produção do espetáculo.

O Nederlands Dans Theatre (NDT) é uma das companhias de dança mais produtivas na Holanda. Com a apresentação intensa de novos programas a cada ano, mostra um número sem precedentes de novos balés, com uma estética de vanguarda e produções progressivas e inconformistas, que colocaram o corpo de dança no mapa internacional. Foi fundado em 1959 por Benjamin Harkarvy, Aart Verstegen e Carel Birnie, em cooperação com dezesseis dançarinas do Het Nationaal Ballet (The National Ballet). Sua atuação é dividida em duas vertentes de trabalho – uma que se concentra no desenvolvimento do talento (NDT 2) e uma onde os dançarinos mais maduros (NDT 1) possam crescer completamente em suas personalidades artísticas. https://www.ndt.nl/home.html

Os 20 anos de fundação do Instituto Terra foram celebrados no último final de semana, na sede da instituição, em Aimorés-MG, onde Lélia Wanick e Sebastião Salgado, ao lado de diretores do Instituto Terra, recepcionaram colaboradores e parceiros da instituição. Também participaram das atividades comemorativas prefeitos, secretários de municípios do Vale do Rio Doce, autoridades militares e eclesiásticas, e o Governador do Estado do Espírito Santo, Paulo Hartung, que plantou uma muda de Ipê Rosa na área reflorestada da RPPN Fazenda Bulcão. O Lions Clube de Aimorés e a 15º. Companhia de Polícia Militar Independente de Amorés-MG também prestaram homenagens entregando placas comemorativas aos fundadores.

Floresta – Em 20 anos de trabalho dedicado a recuperar a Mata Atlântica no Vale do Rio Doce, o Instituto Terra soma números importantes, com ações de reflorestamento em mais de 21,1 milhões de metros quadrados de áreas degradadas. Esse total corresponde a plantar uma área equivalente à soma de 2.955 campos de futebol de tamanho oficial. Para isso, foram plantadas perto de 6 milhões de mudas de árvores, de 297 espécies nativas da Mata Atlântica. A maior parte das mudas foi produzida no próprio viveiro do Instituto, com capacidade para um milhão de mudas por ano.

Água – Nestes 20 anos, o Instituto Terra também mantém uma forte atuação no resgate dos recursos hídricos da bacia do Rio Doce. São perto de 2 mil nascentes desse importante rio, que banha municípios do Espírito Santo e de Minas Gerais, que receberam ações de proteção do Programa Olhos D’Água, beneficiando diretamente 1.022 famílias de pequenos produtores rurais. Eles receberam gratuitamente assistência técnica, materiais para construção de cercas e para a instalação de mini-estações de tratamento de esgoto, além de mudas para revegetação das áreas.

Em todos os projetos que o Instituto Terra realiza, o trabalho de educação ambiental é ação prioritária. Com isso, mais de 70 mil pessoas, entre professores e alunos, produtores rurais, técnicos agrícolas, ambientais e florestais, já receberam algum tipo de treinamento da ONG ambiental desde a sua fundação.

A todos os nossos parceiros e amigos, o nosso muito obrigado por nos ajudar a realizar esse sonho de restauração ambiental do Vale do Rio Doce! Contamos com o seu apoio para poder realizar ainda mais.

Com o apoio da Energest e do Instituto EDP Energias do Brasil, projeto também vai instalar mini-estação de tratamento de esgoto nas unidades rurais selecionadas

Principal fonte de captação de água do município de Baixo Guandu-ES após o rompimento da barragem em Mariana-MG, a bacia hidrográfica do Rio Guandu recebe mais ações para proteção de nascentes por parte do Programa Olhos D’Água do Instituto Terra, a partir de novo apoio da Energest e do Instituto EDP Energias do Brasil.

O novo projeto contempla a proteção de seis nascentes – com a construção de cercas pelos próprios produtores rurais a partir dos materiais que recebem em doação pelo projeto – e a instalação de mini-estações de tratamento de esgoto doméstico nas três propriedades rurais selecionadas, para evitar o problema da contaminação do solo e das fontes de água.

Também está previsto para a próxima estação das chuvas (entre outubro e dezembro) o plantio de perto de 1 mil mudas de espécies da Mata Atlântica ao redor dos olhos d’água, tendo em vista que algumas das áreas de nascentes apresentaram bom quadro para a regeneração natural.

A equipe do Instituto Terra já realizou a mobilização e sensibilização das famílias rurais participantes, contando o apoio da Secretaria de Meio Ambiente do Município de Baixo Guandu. Também foram elaborados os projetos técnicos com o diagnóstico ambiental, que apontam as ações necessárias para promover a recuperação das nascentes selecionadas pelo projeto.

Parceria – Com prazo de encerramento das atividades marcado para dezembro de 2018, este projeto é o quarto estabelecido com o patrocínio da Energest e do Instituto EDP para a proteção de nascentes. Desde 2011 a parceria com o Programa Olhos D’Água já permitiu a proteção de 45 nascentes, que receberam ações para sua revitalização na área da bacia do Rio Guandu.

Inserida no bioma Mata Atlântica, a região da bacia hidrográfica do Rio Guandu abriga uma população estimada em mais de 88 mil habitantes, e é um recorte do que acontece em toda a região do Vale do Rio Doce, sofrendo com os avanços da degradação ambiental e o aumento do consumo hídrico além da capacidade de reestruturação dos ciclos hidrológicos, em parte também pelos anos sucessivos de seca acentuada.

“Ao proteger as nascentes, espera-se que estas se recuperem e consigam contribuir para o aumento da quantidade e qualidade dos recursos hídricos da região, que por sua vez contribuirão para a manutenção do ciclo hidrológico dos rios, gerando maior oferta de água”, explica Isabella Salton, diretora Executiva do Instituto Terra, lembrando que o Programa Olhos D’Água também promove de maneira associada a conscientização dos pequenos produtores rurais e suas famílias para a importância da preservação ambiental e do uso correto dos recursos naturais.

O Programa Olhos D´Água do Instituto Terra, dedicado à recuperação das nascentes do Rio Doce, conquistou novo reconhecimento pelas ações que vem desenvolvendo desde 2010 para a revitalização dessa importante bacia hidrográfica da região Sudeste. O Instituto Terra recebeu o II Prêmio Boas Práticas Ambientais Sisema “Águas Gerais”, Edição 2018, na categoria Organização da Sociedade Civil. A premiação é uma realização do Governo do Estado de Minas Gerais, por meio do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Sisema, considerando a necessidade da promoção, do incentivo e do reconhecimento das boas práticas ambientais realizadas pelas pessoas físicas e jurídicas no Estado de Minas Gerais.

Navegação por posts

Translate »
X