Texto de Vanessa Yee e Leonardo Merçon, em Últimos Refúgios (leia o texto original clicando aqui)

Instituto Últimos Refúgios realiza atividade do Clube de Observadores da Natureza para estudantes do Instituto Terra

O diretor/fundador do Instituto Últimos Refúgios e fotógrafo de natureza Leonardo Merçon implementou a atividade do “Clube de Observadores da Natureza” no NERE (Núcleo de Estudos em Restauração Ecossistêmica) do Instituto Terra.

Os jovens alunos com recém-formação nas áreas técnicas da Agropecuária, Agricultura, Florestal, Meio Ambiente e afins participaram de uma oficina de ciência cidadã por dois dias, que contou com uma aula presencial teórica e uma vivência de campo onde puderam colocar em prática os ensinamentos de fotografia de natureza, ciência cidadã e criar uma história sobre a fauna da região.

Os animais escolhidos para serem protagonistas das imagens foram as abelhas, devido ao projeto “Meliponário Escola do Instituto Terra” que exerce dupla função na instituição: ambiental, visto que a criação de abelhas nativas serve para a polinização das espécies arbóreas nativas, e a com foco na educação, pois é possível realizar cursos de capacitação e demonstrar para turmas de estudantes como funciona toda a estrutura da produção de mel e difundir essa importante informação na região do vale do Rio Doce.

Após as atividades de campo, com as imagens em mãos, alunos e professor analisaram e selecionaram as melhores, desenvolvendo uma narrativa acerca desse peculiar inseto.

Confira o resultado:

ABELHAS NO INSTITUTO TERRA

Expansão do Meliponário Escola do Instituto Terra

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), das 141 espécies de plantas que utilizamos na nossa alimentação, cerca de 60% (85 espécies) dependem, em certa medida, das abelhas para serem produzidas. No mundo, esse valor chega a 75%, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Fonte: comunica.ufu.br/noticia/2019/12/por-que-nossa-vida-depende-da-presenca-das-abelhas

Uruçu-amarela na entrada da colméia. Foto: Allan Pereira.

 

No Brasil, grande parte da produção de mel e de outros produtos derivados da meliponicultura (atividade que é exercida pelo Instituto Terra) dependem das matas nativas para a obtenção de néctar, pólen e resinas

Por este motivo, o meliponicultor é naturalmente um defensor da natureza e trabalha por sua preservação.

Meliponário é a denominação de um conjunto de colmeias de abelhas nativas sem ferrão, devidamente instaladas em uma área geográfica. Podem ser destinados à meliponicultura fixa, quando são construídos para receberem colmeias que permanecerão definitivamente na área, ou destinados para a meliponicultura migratória, quando recebem colmeias apenas durante um determinado período do ano, para exploração de floradas específicas.

A escolha do local e a instalação do meliponário são dois pontos de grande importância para o sucesso para a atividade, assim como na apicultura (criação de abelhas Apis, vindas de outros países), que possui o mesmo princípio.

Fonte: http://www.ceepro.com.br/documentos/Poligrafo%20de%20Apicultura%20CEEPRO.pdf

No Instituto Terra elas foram bem instaladas, já que precisam de boas floradas, disponibilidade de água e sombreamentos, tudo que existe na reserva, graças ao reflorestamento de uma grande área que antes era pasto.

Abaixo, algumas das abelhas registradas no Instituto Terra pelos participantes da oficina do Clube de Observadores da Natureza. Algumas são de colmeias introduzidas na RPPN e o outras tiveram um retorno natural;

 

Descrição das espécies da galeria: Mamangava. Foto: Allan Pereira / Abelha-cachorro. Foto: Luiz Guilherme / Abelha cachorrinho. Foto: Charliéu Vitoriano / Abelha boca-de-sapo. Foto: Allan Pereira / Abelha boca-de-sapo. Foto: Wilma Holiver / Abelha metálica. Foto: Dhuliana Pinho / Apis Melifera. Foto: Allan Pereira / Jataí-amarela (Tetragonisca angustula). Foto: Breno Fernandes / Mamangava (Bombus morio). Foto: Arlon Mattos / Abelha Iraí. Foto: Breno Fernandes.

DIFERENÇA DAS ESPÉCIES NATIVAS E EXÓTICAS:

As Meliponas e das Apis (exóticas)

Existem mais de 1500 espécies de abelhas nativas no Brasil (fonte: Embrapa), a maioria solitárias. As espécies sociais, com destaque para as abelhas sem ferrão, são mais de 300 espécies. No Instituto Terra podem ser encontradas algumas delas. A criação de abelhas nativas sem ferrão, é chamada de MELIPONICULTURA.

 

Foto 01: Abelha-cachorro (Trigona spinipes) Fotografia: Arlon Mattos | Foto 02: Abelha rainha de Uruçu-amarela. Foto: Hionnara Rocha.

Já a APICULTURA é o manejo das abelhas como a Apis mellifera scutellata veio do leste da África. Também conhecida como “Abelha-Africana“, é uma espécie muito agressiva, polinizadora, enxameadora e migratória. Foi introduzida no Brasil para pesquisas científicas, mas acabou escapando do cativeiro. No cruzamento com as raças aqui existentes, produziu um híbrido que passou a ser chamado de abelha africanizada. Alastrou-se rapidamente por todo o país. Sem meios de exterminá-la, os apicultores brasileiros se uniram em associações, com o objetivo de utilizá-la como produtora de mel. Com o desenvolvimento de novas técnicas e a utilização de medidas de segurança, foi possível obter uma boa produção de mel, o que possibilitou um desenvolvimento acentuado da apicultura no Brasil.

Fonte: https://www.cpt.com.br/artigos/abelhas-com-ferrao-abelha-africana-apis-mellifera-scutellata

Abelha-europa (Apis mellifera). Foto: Breno Fernandes

 

ESPÉCIES DE PLANTAS QUE AS ABELHAS VISITAM

No Instituto, as mais variadas espécies de plantas com flores, fazem do local um ótimo lar para as abelhas.

Especialidades e Nichos;

 

IMPORTÂNCIA DAS ESPÉCIES NO ECOSSISTEMA

– Predadores

Descrição das espécies: Aranha capturando a abelha. Foto: Wilma Holiver / Aranha capturando a abelha. Foto:Dhuliana Pinho / Lagarta-mede-palmos (predadora de abelhas). Foto: Gabriel de Oliveira / Libélula predadora de abelha. Foto: Allan Rosa.

 

FLORES

Flora apicola (Plantas que as abelhas visitam);

 

Descrição das espécies: Ninféia-Vermelha (Nymphaea rubra) Foto: Hionnara Rocha / Flor-leopardo (Belamcanda chinensis) Foto: Luiz Guilherme / Manto-de-rei (Thunbergia erecta) Foto: Luiz Guilherme / Margaridão (Sphagneticola trilobata). Foto: Luiz Guilherme.

“As flores amarelas são especialmente atrativas para todo tipo de inseto polinizador. O mais importante é que elas gostam de quando o canteiro de flores se enche todo de uma vez”, explica.

Fonte: – https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Paisagismo/Plantas/noticia/2021/12/12-especies-de-flores-para-atrair-abelhas.html

Descrição das espécies: Floração de “Sorvetão”. Foto: Charliéu Vitoriano / Floração de Jabuticaba. Foto: Charliéu Vitoriano / Flor Ixora. Foto: Allan Pereira / Flor de carambola. Foto: Hionnara Rocha / Flor de Cuia-de-macado. Foto: Mayara Locateli / Flor de mussaenda. Foto: Gabriel de Oliveira.

 

POLINIZADORES

Aproximadamente, 90% das espécies de plantas do mundo dependem da polinização. Inclusive, essa taxa pode chegar a 94% em regiões tropicais. Isso quer dizer que os polinizadores são essenciais para a manutenção da vida.

Além disso, têm papel fundamental na produção de alimentos. Estima-se que, somente no Brasil, eles economizam 12 bilhões ao ano. Esse seria o valor gasto com os produtores de alimentos caso necessitassem fazer o serviço dos animais polinizadores.

Diversos animais são polinizadores. Embora as abelhas sejam as mais conhecidas, outros insetos são igualmente importantes para a vida na Terra, bem como muitos pássaros e mamíferos.

Fonte: https://www.petz.com.br/blog/especies/animais-polinizadores/

 

Borboletas polinizadoras encontradas no Instituto Terra;

 

Descrição das espécies: Burnsius oileus. Foto: Gabriel de Oliveira / Hamadryas laodamia. Foto; Luiz Guilherme / Borboleta hamadryas laodamia. Foto: Allan Pereira / Foto de borboleta. Foto: Breno Fernandes / Borboleta polinizando flor. Foto: Breno Fernandes.

 

Outras espécies polinizadores

Foto 01: Beija-Flor-Tesoura (Eupetomena macroura). Foto: Arlon Mattos (arquivo) | Foto 02: Vespa polinizadora Foto: Luiz Guilherme

PRODUÇÃO DE MEL

Processo de Captura e introdução nas colmeias;

Em 2022 houve o início do povoamento do Meliponário Escola por meio da aquisição de enxames de abelhas nativas como a Uruçu-amarela, Mandaçaia e Mandaguari- preta. Logo após a divisão, a multiplicação desses enxames foi realizada para expandir a quantidade de colméias, por fim, foram instaladas iscas com o objetivo de captar os enxames para criação racional. Esses alveários poderão ser doados às escolas e pequenos agricultores nas atividades pedagógicas.

Foto 01: Armadilha para captura de Meliponas. Fotografia: Gabriel de Oliveira | Foto 02: Armadilha. Foto: Gabriel de Oliveira

Enxames em fortificação e produção:

 

Descrição das fotos: Colmeia em funcionamento. Foto: Gabriel Oliveira / Colmeia em funcionamento. Foto: Gabriel de Oliveira / Colméia de abelha Jataí. Foto: Luiz Guilherme.

DIFERENÇA DA MELIPONICULTURA DA APICULTURA
Existem duas classificações diferentes para a atividade de produção de abelhas e seus derivados. É comum a generalização do termo “apicultura”, mas nem sempre é o correto.
A apicultura é a atividade de criação de espécies de abelhas com ferrão do gênero Apis (exóticas no Brasil) para fins de produção de mel, pólen apícola, própolis, cera de abelhas, geleia real e apitoxina ou para serviços de polinização.
Meliponicultura é a atividade de criação de espécies de abelhas sem ferrão (nativas do Brasil), também conhecidas como abelhas indígenas, abelhas nativas ou meliponíneos, como é o caso do projeto.
Elas têm sido cada vez mais valorizadas na gastronomia por seu mel apresentar características únicas que variam de acordo com o seu tipo e as flores que as operárias usam para buscar o néctar para a produção do mesmo.

Fonte: Associação Brasileira de Estudo das Abelhas

https://www.nacaoagro.com.br/noticias/apicultura/entenda-a-diferenca-entre-apicultura-e-meliponicultura/

 

Manejo e equipamentos:

Geilson (parceiro do IT na introdução das colmeias de Melipona) – Descrição das fotos: Abertura de Colmeias da Uruçu-Amarela (Melipona rufiventris). Foto: Dhuliana Pinho / Professor Geilson explicando como manejar a abertura da caixa da abelha uruçu. Foto: Hionnara Rocha / Professor Geilson explicando como manejar a abertura da caixa da abelha uruçu. Foto: Hionnara Rocha / Sobreninho de uma colmeia da abelha Uruçu-Amarela (Melipona rufiventris). Foto: Charliéu Vitoriano / Abertura de colméia. Foto: Charliéu Vitoriano / Professor Geilson explicando como manejar a abertura da caixa da abelha uruçu. Foto: Wilma Holiver / Professor Geilson explicando como manejar a abertura da caixa da abelha uruçu. Foto: Hionnara Rocha / Introdução das colmeias de Meliponas. Foto: Dhuliana Pinho.

RESULTADOS

Produção de sementes e frutos na RPPN;

As meliponas cumprem um papel de extrema importância na reprodução das plantas nativas, promovendo a polinização cruzada e, como consequência, a formação de frutos e sementes, favorecendo, assim, a conservação da biodiversidade. As abelhas presentes no Instituto Terra ajudam a manter a floresta em pé.

Fonte: https://www.marinha.mil.br/eames/node/370

Descrição das fotos: Frutos e sementes de Ixora. Foto: Elini Dias / Carambola. Foto: Arlon Mattos / Cajá-mirim. Foto: Luana Ferreira / Foto FLORESTA EM PÉ, no Instituto Terra, com a ajuda das Abelhas.

 

CRÉDITOS

Equipe do Instituto Últimos Refúgios

Leonardo Merçon

Amanda Bolonha

Vanessa Yee

Vitor Pinheiro

 

Estudantes do NERE

ALLAN ROSA PEREIRA

CAROLAINE BARBOSA MACIEL

CHARLIÉU PEREIRA VITORIANO

DHULIANA PINHO DA SILVA

ELINI DIAS SOARES

FABIO JUNIO PAULO FERREIRA

GABRIEL DE OLIVEIRA CRUZ

HIONNARA ROCHA DA SILVA

JONAS LIMA DOS SANTOS SILVA

LUANA FERREIRA DA SILVA

LUIZ GUILHERME SIQUEIRA NASCIMENTO

MAYARA DOS SANTOS LOCATELI

RAFAEL FERREIRA NUNES

RAMON SILVA DOS SANTOS

WILMARLINE SILVA OLIVEIRA

 

Colaboradores do Instituto Terra

Arlon Mattos

Jeieli Oliveira

Kayla Fagiole

Lucas Barcelos

Mário Constantino

 

Apoio Fodation D’entreprise Airfrance

“Apoio para a ampliação da estrutura do Meliponário do Instituto Terra, para otimização de seu potencial educacional e transformando em um Meliponário Escola.”

 

Devido às fortes chuvas dos últimos dias na região, o Instituto Terra entende que algumas pessoas ficaram impossibilitadas de realizar o Processo Seletivo para o NERE, Núcleo de Estudos em Restauração Ecossistêmica. Se esse foi seu caso, fique tranquilo, realizaremos a atividade também em nova data, dias 16 e 17 de janeiro.

Em compromisso com os candidatos que já estão se deslocando, realizaremos normalmente a fase presencial de dezembro. Não deixe de participar!

Para confirmar sua presença e eventuais dúvidas, entre em contato com o Orientador Educacional do NERE, Arlon Mattos, 33 9983-4562.

Instituto Terra

#ReflorestarParaTransformar

Grupo de oito funcionários da empresa patrocinadora do Zurich Forest Project esteve na RPPN Fazenda Bulcão, em Aimorés, para conhecer o programa de plantio de árvores que a seguradora mantém desde 2020 com o Instituto Terra

Pela primeira vez, o Instituto Terra recebeu a visita de colaboradores da Zurich Brasil vindos de cidades do Estado de São Paulo, incluindo a capital, para acompanhar de perto a rotina de trabalhos realizados pela ONG. O grupo foi escolhido para a ida ao Instituto Terra depois de vencer um concurso interno promovido pela Zurich Brasil para a criação de projetos de sustentabilidade em prol da preservação e restauração do meio ambiente.

Além de conhecer de perto o Instituto Terra e toda a enorme diversidade da fauna e flora locais, o grupo de funcionários da empresa com sede na Suíça teve a oportunidade de participar – com a equipe de restauração – do plantio de mudas nativas para o Zurich Forest Project. Foram três dias de programação intensa (de 23 a 25 de novembro) de passeios pelas áreas próximas à RPPN Fazenda Bulcão com profissionais do Instituto Terra que puderam passar informações relacionadas ao processo de restauração e reflorestamento da parceria firmada com a Zurich Insurance Company Ltda.

“Os colaboradores da Zurich Brasil ficaram muito empolgados com a visita, aprenderam bastante e conseguiram se aprofundar um pouco mais no trabalho do Instituto Terra, especialmente no que diz respeito ao Zurich Forest Project. Para mim também foi uma experiência única, um contato que acrescentou demais às minhas atividades aqui no Instituto”, destaca Marcella Gonçalves Fialho, Analista de Comunicação Interna, profissional responsável por acompanhar a visita do grupo ao Instituto.

O Zurich Forest Project prevê o plantio de 1 milhão de árvores na RPPN Fazenda Bulcão até 2027. O primeiro ciclo de plantio do projeto teve início em novembro de 2020 e resultou em 106.848 mudas de 69 espécies nativas da Mata Atlântica plantadas em cerca de 55 hectares da RPPN. Em 2021, o viveiro pôde contar com o período completo para a produção das mudas, e a orientação técnica dos consultores especializados da ESALQ para melhorias em diversas etapas do processo de restauração.

Confira a lista de colaboradores da Zurich Brasil que estiveram no Instituto Terra:
Deborah Franzin – Coordenadora de Marketing
Gabriel Angelo Pereira Guimarães – Gerente Comercial
Isabelle Oliveira Toledo – Analista de seguros
Janaina de Jesus Silva – Analista de canais digitais
Maria Lua Pedroso Painco Silveira – Analista de subscrição
Sandra Bispo Santana Ruy – Gerente Comercial
Silvia Emilia Ramos Nogueira – Analista de negócios
Marcelo Alvalá – Diretor Executivo de Operações e Tecnologia

Foto: Leonardo Merçon
Foto: Leonardo Merçon

Desde seu lançamento em julho passado até agora, o programa Empresa Amiga do Instituto Terra já reúne adesões de 11 empresas dos mais diversos setores como arquitetura, vestuário, moveleiro, produção audiovisual, máquinas e equipamentos, além de consultoria e de peças e pneus. O total de recursos doados equivale ao plantio de 3.105 árvores.

Especialmente criado para a captação de doações de empresas de pequeno e médio portes interessadas em contribuir com a restauração da Mata Atlântica, o programa Empresa Amiga destina todos os valores doados para potencializar as ações do Instituto Terra, que desde sua fundação já soma o plantio de 2,5 milhões de árvores nativas em áreas degradadas na Bacia do Rio Doce.

Com a adesão ao programa, além de reforçar o pilar de sustentabilidade, as empresas parceiras recebem uma certificação denominada de “Programa Empresa Amiga do Instituto Terra”. O selo exclusivo da ONG é para ser usado na comunicação institucional das participantes, o que agrega mais valor ao negócio. E, a cada semestre, a evolução do plantio das árvores doadas é divulgada para as empresas por meio de um relatório completo com todo o processo de reflorestamento que será feito.

O valor mínimo de contribuição é de R$ 1.050,00 e prevê o plantio de 30 árvores. Cada árvore tem o valor de R$ 35,00. As adesões ao programa Empresa Amiga do Instituto Terra podem ser feitas diretamente na plataforma (http://empresaamiga.institutoterra.org/inicio) de forma simples e online, sem nenhuma burocracia.

Consultoria que atua como uma plataforma de transformação das organizações vai elaborar um plano estratégico para o Instituto Terra com base em novo padrão de governança corporativa

Juliano Salgado e Rafael Clemente

O Instituto Terra e a EloGroup fecharam uma parceria voltada para os desafios futuros da organização. O conjunto de objetivos, indicadores e metas para a criação do novo modelo de boas práticas de governança corporativa está sendo elaborado a partir de um planejamento estratégico dividido em quatro etapas: diagnóstico, formulação, desdobramento e monitoramento e gestão.

Com uma detalhada radiografia de estruturas, projetos e ações do Instituto Terra, a EloGroup, consultoria de negócios que atua como uma plataforma de transformação combinando competências de tecnologia, dados e gestão, ajudará a construir uma agenda de alinhamento das atuais necessidades do Instituto, assim como, das melhorias a serem implementadas a partir deste ano.

“Estamos otimistas e confiantes no trabalho iniciado com a EloGroup, pois nosso foco hoje é estimular e alavancar o crescimento do Instituto em todas suas potencialidades junto à sociedade e, acima de tudo, nos temas relacionados à recuperação ecossistêmica de áreas degradadas. Com o respaldo do plano estratégico a ser elaborado pela EloGroup, tenho certeza que será uma parceria de sucesso”, ressalta Sérgio Rangel, Diretor Executivo do Instituto Terra.

Para Juliano Salgado, Vice-Presidente do Instituto Terra, os próximos anos serão cruciais para a implementação das metas traçadas pela organização. Por isso, ter uma parceria com uma empresa com a expertise da EloGroup é algo essencial para planejar as estratégias futuras do Instituto. “Vamos construir um novo modelo de governança corporativa com a consultoria de uma empresa especialista para um negócio que exige muito planejamento. Reflorestar é sempre ter um alinhamento fino de todas as partes envolvidas para que os resultados sejam os melhores possíveis”, afirma.

As duas etapas iniciais do diagnóstico do plano estratégico para entendimento da operação atual, com pontos fortes e também quesitos que precisam de revisão e atualização, já estão a pleno vapor. Trata-se de uma parte fundamental para possibilitar o entendimento das necessidades, dos atores envolvidos e da visão de futuro do Instituto Terra. Nessa fase do trabalho estão previstas, por exemplo, entrevistas internas para conhecimento do escopo, dos projetos, além dos players parceiros do Instituto Terra.

“Ver o que já foi realizado pelo Instituto Terra é muito impressionante. Poder, de alguma maneira, contribuir para que esse impacto possa ser ampliado é uma satisfação enorme – tanto para a EloGroup quanto para todas as pessoas envolvidas nesse projeto”, diz Rafael Clemente, CEO da EloGroup.

O evento da prestigiada casa de leilão será na noite do dia 28 de setembro para celebrar os feitos do casal Salgado e arrecadar fundos para o Instituto Terra. O Jantar de Gala terá a  presença e um pocket show da cantora Anitta, que além de doar seu show, integra o comitê da Sotheby’s, ao lado de nomes como a fotógrafa Annie Leibovitz, o ator Adrian Grenier, o empresário Francisco Costa e a estilista Gabriela Hearst.

Foto: Luiz Maximiano

Intitulada Magnum Opus, a noite em prol do Instituto Terra terá a exposição de obras, além do leilão beneficente com fotografias inéditas do célebre fotógrafo brasileiro, Sebastião Salgado, cujo os recursos arrecadados serão 100% doados para o Instituto.

A parceria entre a Sotheby’s e o Instituto Terra tem o intuito de perpetuar o trabalho de restauração ecossistêmica por meio do reflorestamento da Mata Atlântica brasileira e assim, o desenvolvimento rural sustentável na região do Vale do Rio Doce. Trabalho este que vem sendo realizado pelo Instituto desde sua fundação há 24 anos.

Os convites para participar do Sotheby ‘s Impact Gala de Nova York, bem como venda de mesas podem ser feitos pelo site do evento: (www.sothebys.com/impact-gala-in-support-of-instituto-terra).

Reflorestar é possível. Nos últimos 24 anos, o Instituto Terra conseguiu:

Plantar cerca de 3 milhões de árvores nativas da Mata Atlântica do Brasil;

Revitalizar mais de duas mil nascentes de água degradadas;

Produzir diversos programas educacionais que capacitam agricultores, funcionários públicos e crianças na conservação e restauração de ecossistemas nativos;

Trazer de volta mais de 250 espécies de animais para o Instituto Terra, incluindo animais ameaçados de extinção.

Os interessados em colaborar com as ações do Instituto Terra também podem contribuir por meio do sistema de crowdfunding com a King Baudouin Foundation United States, organização que já apoia o Instituto. Mais informações no site:

https://kbfus.networkforgood.com/projects/54471-i-kbfus-funds-instituto-terra-br

O NERE (Núcleo de Estudos em Restauração Ecossistêmica) lançou edital para seleção da turma 2023 do curso de Aperfeiçoamento Profissional em Restauração Ecossistêmica. As inscrições vão até o dia 24 de outubro de 2022. Podem participar jovens com recém-formação nas áreas técnicas da Agropecuária, Agricultura, Florestal, Meio Ambiente e afins. O curso é gratuito e, ao final, o Instituto Terra emite um certificado de conclusão.

Os estudantes aprovados no processo seletivo deverão residir no Instituto Terra em regime de semi-internato, com direito a alimentação e hospedagem, além de uma ajuda de custo mensal. Serão disponibilizadas 24 vagas para os candidatos aprovados e a seleção é feita em cinco fases: análise da inscrição, prova escrita, produção de texto, inventário de habilidades sociais e entrevista com dinâmica.

O curso conta com carga horária de 2.000 horas, sendo 80% de aulas práticas e 20% de teoria. As sessões práticas serão ministradas nas dependências internas e externas do Instituto Terra. A aulas também oferecem formação teórica por meio de palestras em áreas como, por exemplo, Socialização Pedagógica; Acompanhamento de Projetos de Recuperação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável; Educação e Interpretação Ambiental; Tecnologia Aplicada; Ecologia; e Técnicas de Recuperação e Conservação dos Recursos Naturais.

Para informações detalhadas sobre o processo seletivo 2023 do NERE, leia a íntegra do edital aqui

Confira novas datas do edital – DEZ/2022

Com o objetivo de analisar os processos de monitoramento e fragmentação das florestas no Vale do Rio Doce, o Instituto Terra, em parceria com o  Instituto Clima e Sociedade – iCS prorrogam prazo do edital do Programa de Pesquisa. 

Foto: Leonardo Merçon

São duas bolsas com duração de um ano oferecidas para estudantes de cursos na área de meio-ambiente e agroecologia da região a partir do 4º período de curso. Até o dia 29 de agosto os interessados devem ler o edital e preencher um formulário por meio do link disponibilizado no item 3.2 e/ou 3.3. 

Para dúvidas e apoio, entre em contato pelo email: [email protected]. Todos os detalhes e abrangência e cronograma das bolsas estão descritas no edital, com link disponibilizado abaixo.

Clique aqui para acessar o edital

O gerente de projetos do Instituto Terra, Gilson Gomes de Oliveira Júnior, fala sobre a importância da recuperação de nascentes para quem produz localmente, como o trabalho vem se expandindo para cidades vizinhas e os principais desafios do projeto

Você poderia explicar um pouco sobre o trabalho que o Instituto Terra vem fazendo com os agricultores locais?

No momento, o trabalho vem dando ênfase à recuperação de nascentes, mas em estudo e elaboração de orçamento para diversificar as nossas atividades. Vamos implantar novas Unidades  Experimentais de Restauração Produtiva (UERP’s) e ofertar aos produtores novos modelos de intervenções nas propriedades rurais – consolidar modelos de conservação x produção:

  • Sistemas agroflorestais;
  • Sistemas silvipastoris;
  • Quintais agroecológicos;
  • Manejo de árvores em pastagens;
  • Enriquecimento florestal da reserva legal.

Qual é a importância da recuperação de nascentes para os produtores?

É fundamental para a garantia dos fluxos de água em sua propriedade. Por outro lado, o produtor passa a ser um aliado da conservação. Além de atender a legislação e adequar ambientalmente a propriedade.

Hoje, em qual estágio está esse trabalho de recuperação de nascentes? Em quais cidades está sendo feito?

Hoje, conseguimos um engajamento maior dos produtores rurais, que aceitam melhor a nossa metodologia e temos demandas para levar o projeto para várias propriedades rurais. Hoje estamos atuando no município de Pocrane (MG) em uma área que todo o fluxo de água deriva para a sede do município, ou seja, toda água para a população do município vem dessa microbacia que estamos trabalhando (córrego da corredeira).

Você poderia listar os principais desafios a serem superados nos próximos anos no trabalho que envolve os agricultores?

  • Maior engajamento dos produtores – cessão de mão obra para algumas atividade do projeto;
  • Ganho de escala;
  • Implantar modelos produtivos em áreas nascentes (sistemas agroflorestais);
  • Planejamento ambiental da propriedade (conectar as áreas de nascentes com as áreas de recarga hídrica), formando pequenos corredores ecológicos.

O Instituto Terra, em parceria com o Instituto Clima e Sociedade – iCS, está com inscrições abertas para o Programa de Pesquisa. São duas bolsas de estudo, com duração de 12 meses,  nas modalidades Iniciação Científica Tecnológica, que visam capacitar e incentivar estudantes da graduação ao desenvolvimento de pesquisas na área científica. As inscrições começam hoje dia 01 de agosto e terminam dia 15 de agosto de 2022.

Créditos: Leonardo Merçon

O programa é destinado a estudantes de instituições públicas e privadas, situadas no baixo e médio Rio Doce, nível graduação cursando a partir do 4º período, em áreas voltadas para a Restauração Florestal ou áreas afins, como: Ciências Biológicas; Agronomia, Engenharia Florestal, Engenharia Ambiental, e áreas afins desde que a proposta de pesquisa seja aplicável ao edital do programa e aprovada pela comissão avaliadora.

Serão oferecidas duas bolsas de estudo, podendo-se estender, dentro dos termos de seleção do edital da iniciativa. O programa abrange duas linhas de pesquisa. O primeiro tema envolve o monitoramento da restauração florestal: estrutura, composição, funcionamento e estocagem de carbono. Já o segundo tema analisa a fragmentação de florestas, avaliando o efeito de borda e também a formação das clareiras no interior das comunidades florestais.

Para concorrer ao processo seletivo, é obrigatório o preenchimento de um formulário por meio do link disponibilizado no item 3.2 e/ou 3.3. Após o envio, o estudante recebe um e-mail confirmando sua participação. Caso o estudante faça o preenchimento do formulário e não receba nenhum e-mail de confirmação, deverá entrar em contato com o e-mail: [email protected] e relatar o ocorrido.

Todos os detalhes sobre o Programa de Pesquisa do Instituto Terra, assim como a relação de documentos necessários para a realização das inscrições e as linhas de pesquisa, além do cronograma das etapas do programa, estão disponíveis no link abaixo.

Clique aqui para acessar o edital

 

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