Com o nome “Empresa Amiga”, a iniciativa será divulgada em uma live, no próximo dia 21 de julho, a partir das 19h, nas redes sociais do Instituto, com a participação do vice-presidente da organização, Juliano Salgado e dos fotógrafos Cássio Vasconcellos
e Leonardo Merçon

O Instituto Terra lança no próximo dia 21 de julho o programa Empresa Amiga especialmente criado para a captação de recursos de empresas de pequeno e médio portes que têm como pilar a sustentabilidade e buscam contribuir com a restauração da Mata Atlântica na Bacia do Rio Doce. Os valores arrecadados pelo programa serão utilizados para as ações da campanha #refloresta, lançada em 2021, em parceria com Gilberto Gil,  por meio do Instituto Terra – ONG reconhecida mundialmente, fundada por Lélia Deluiz Wanick Salgado e Sebastião Salgado – que  já contabiliza o plantio de mais de 2,5 milhões de árvores nativas em áreas degradadas na Bacia do Rio Doce.

Todo conteúdo do programa poderá ser conhecido e acessado na plataforma (http://empresaamiga.institutoterra.org/inicio). Já as adesões podem ser feitas de forma simples e online, sem nenhuma burocracia, seguindo três passos básicos descritos na plataforma do programa. As empresas que se interessarem em aderir à iniciativa terão acesso de forma automática a uma certificação chamada de “Programa Empresa Amiga do Instituto Terra”. Trata-se de um selo exclusivo emitido pelo Instituto, que poderá ser usado na comunicação institucional das participantes, de acordo com regras do manual.

As empresas parceiras também receberão por e-mail um pacote de imagens e materiais do Instituto – capturadas pelos fotógrafos Cássio Vasconcellos e Leonardo Merçon – para divulgar que estão no programa do Instituto Terra e, assim, agregar mais valor ao seu negócio. Semestralmente, o Instituto encaminhará um relatório completo sobre a evolução do plantio das árvores para acompanhamento por parte das empresas parceiras de todo processo de reflorestamento a ser realizado.

Conheça as faixas mínima e máxima de valores das doações

O valor mínimo de contribuição estipulado para pequenas e médias empresas que desejam aderir ao programa Empresa Amiga do Instituto Terra é de R$ 1.050,00 e prevê o plantio de 30 árvores. Cada árvore tem o valor de R$ 35,00. Já o valor máximo, com o plantio de 2.857 árvores, está definido em R$ 99.995,00. As doações de valores que ultrapassarem a faixa máxima serão negociadas de forma particular junto à empresa interessada, pois se enquadram em projetos patrocinados.

Porque aderir ao Programa Empresa Amiga do Instituto Terra

– Só 12% da Mata Atlântica ainda sobrevive;

– A Bacia do Rio Doce é fonte de água e vida para uma população estimada de 3,5 milhões de habitantes;

– A conscientização da preservação ambiental não é mais suficiente. É preciso replantar e reflorestar as áreas degradadas.

Impacto das ações do Instituto Terra

– São 2 mil hectares de terra reflorestados desde a fundação da organização;

– 2 mil nascentes em processo de recuperação;

– Produção de 6 milhões de mudas;

– 82 mil pessoas atendidas pelos projetos ambientais.

“Nossos projetos têm a sustentabilidade como um dos principais pilares, por isso, nos unimos ao Instituto Terra para prática de compensação de carbono e cuidados ambientais. Visto que a cada novo projeto arquitetônico 07 árvores são plantadas. Isso significa que acreditamos no legado de uma Arquitetura sustentável e Biofílica”, ressalta Vivian Coser, embaixadora do programa Empresa Amiga do Instituto Terra, CEO da Vivian Coser Arquitetos Associados.

Juliano Salgado, vice-presidente do Instituto Terra, lembra que plantar e preservar áreas de florestas requer uma força tarefa imensa e que o Instituto vem contando com parceiros que estão viabilizando essa árdua missão. “Porém, a quantidade de empresas ainda está muito aquém da nossa necessidade. Por isso, criamos o programa Empresa Amiga feito sob medida para as pequenas e médias empresas, que além de contribuir para a restauração ecossistêmica da Mata Atlântica, que é a expertise do Instituto Terra, também poderão investir na sustentabilidade e agregar valor aos seus negócios”, destaca.

O vice-presidente do Instituto Terra, Juliano Salgado, fala sobre a experiência da organização para reflorestar a Mata Atlântica e o senso de urgência de colocar em prática ações efetivas que podem ajudar a deter a degradação das florestas

©Ivi Roberg


O dia 17 de Julho marca a data de conscientização da importância da preservação das florestas. Juliano Salgado, vice-presidente do Instituto Terra, responde a 4 perguntas sobre o tema. Ele comenta quais são os desafios do trabalho de recuperação ecossistêmica, como a organização vem adaptando sua expertise frente às mudanças climáticas, a missão para reverter a crise ambiental na próxima década e como a tecnologia poderá ajudar na preservação das florestas.

  1. Qual é hoje o principal desafio de iniciativas como as do Instituto Terra que há 24 anos vem trabalhando para a recuperação ecossistêmica da floresta da RPPN Fazenda Bulcão?

Temos um duplo desafio: técnico e financeiro. A parte técnica se deve ao fato de que as mudanças climáticas já podem ser observadas no dia a dia em diversos locais. Em Aimorés/MG, onde o Instituto Terra está localizado, nós medimos dados pluviométricos desde 2001 e descobrimos que hoje a taxa de precipitação já é 40% menor do que há 20 anos. Isso impacta na escolha das espécies a serem plantadas, no assoreamento do solo, aumento de incêndios e por aí vai. Tão logo um método de restauração é dominado, já precisamos fazer ajustes para se adequar às mudanças climáticas. Outro grande desafio é o financiamento às ações de restauração. Para plantar e preservar uma floresta com milhões de árvores, precisamos de uma equipe extensa, insumos, produção de mudas, manutenção e mais. Sempre contamos com patrocinadores e parceiros para viabilizar nossa atividade, mas a quantidade de empresas e governos dispostos a investir, sobretudo em projetos de menor visibilidade que o Instituto Terra, ainda está aquém do necessário.

  1. Como o Instituto Terra vem se adaptando às mudanças climáticas para realizar o trabalho de reflorestamento, que já é referência por aqui e também fora do Brasil?

Restauração ecossistêmica é uma ciência natural. Apesar de conter elementos imponderáveis, é possível mitigar os desafios com um bom planejamento. O que buscamos fazer no Instituto Terra é recuperar biomas completos. A parte mais complicada é o início da restauração em áreas degradadas, pois o capim toma conta onde o solo está empobrecido e é atingido diretamente pela luz do Sol. Por isso, sempre começamos a restauração com o plantio de espécies pioneiras, que chamamos de grupo de recobrimento. Estas crescem rápido e oferecem boa sombra para que possamos plantar espécies secundárias e clímax sob suas copas. Estas últimas pertencem ao grupo que chamamos de “diversidade” e são aquelas árvores que vivem por séculos, como a Peroba, símbolo do Instituto Terra. Junto a isso, promovemos a recuperação de nascentes, recuperando milhares de córregos nos últimos anos. Nas áreas mais maduras em que nossos projetos são desenvolvidos, já podemos notar o surgimento de micro climas mais amenos e favoráveis à evolução dos projetos e processos de restauração natural. É incrível como a natureza se recupera quando conseguimos criar as condições para isto. Em volta do instituto, já vimos muitas nascentes retornarem em lugares onde não havia mais água há muito tempo. Apesar das condições mais difíceis a cada ano que passa, as árvores que plantamos trazem a fauna de volta e a vida para a terra.

  1. Os próximos 10 anos serão cruciais para deter a degradação ambiental e o Instituto Terra assumiu seu posicionamento em 2021, ano que marcou o início da Década da Restauração de Ecossistemas da Organização das Nações Unidas (ONU). Qual será o pilar para as ações que farão o futuro mais sustentável?

Existem inúmeras ações que precisam ser abraçadas por governos, empresas e pela população, mas para nós está cada vez mais claro que a chave para reverter à crise ambiental se encontra em uma profunda mudança de paradigma na produção. O Brasil, por exemplo, segue sendo o segundo maior produtor de gado bovino do mundo. Todo mundo sabe dos impactos negativos que essa atividade tem no meio ambiente: do desmatamento à emissão de gases do efeito estufa. Qual é a alternativa a esse modelo? Dificilmente o produtor irá parar de criar gado, ainda mais considerando a alta do dólar, e dificilmente o consumidor irá parar de consumir. Porém, existem formas de se criar gado associado às florestas e lavouras e preservando nascentes nas propriedades. Modelos agroflorestais como o chamado silvipastoril podem ser uma das grandes mudanças de paradigma para estimular o reflorestamento de áreas enormes e, ao mesmo tempo, aumentar a renda dos próprios produtores rurais, que passarão a ter uma propriedade preservada e mais produtiva e ainda contarão com produtos oriundos do reflorestamento e portanto com maior valor agregado.

  1. Como a tecnologia e a ciência podem ajudar (e estão ajudando) na missão de proteger as florestas?

São inúmeras as potencialidades. Para focar em uma podemos citar a questão dos créditos de carbono. Sabia que hoje para se fazer a certificação de uma área reflorestada para que se possa emitir créditos de carbono o custo gira em torno de 700 mil… dólares? Deste valor, 500 mil se devem apenas às etapas de monitoramento das florestas, que é feita por meio de visitas periódicas de auditores às áreas reflorestadas. Esses valores são totalmente proibitivos para pequenos e médios produtores, haja visto que o investimento só começa a se tornar vantajoso para áreas a partir de mil hectares. Porém, com tecnologias como imagens de satélite, drones com sensor LiDAR, RADAR e inteligência artificial, acreditamos ser possível a criação de modelos algorítmicos capazes de mensurar o incremento de carbono nas áreas de maneira automática, reduzindo esses valores em mais de dois terços. É urgente democratizar a certificação de créditos de carbono e a tecnologia e a ciência podem ser grandes aliadas nesse processo. A partir do momento em que plantar florestas for mais rentável que derrubá-las, teremos a faca e o queijo na mão para reverter a crise ecológica.

A publicação com a radiografia completa das atividades realizadas pelo Instituto Terra no ano de 2021 já está disponível para acesso aqui no site. Nas 84 páginas do relatório são apresentadas informações detalhadas sobre as ações da organização para o reflorestamento e recuperação de nascentes, assim como iniciativas ligadas às demais áreas.

 

© Leonardo Merçon

 

A campanha Refloresta, com a canção-hino de Gilberto Gil, marcou o fim do ano como uma verdadeira convocação para respeitar e replantar as florestas. Um reforço do Instituto Terra em seu posicionamento em 2021, ano que marcou o início da Década da Restauração de Ecossistemas da Organização das Nações Unidas (ONU).

No relatório, o Instituto Terra enfatiza que os próximos 10 anos são fundamentais para deter a degradação ambiental e alcançar os objetivos globais de proteção da biodiversidade e revitalização dos ecossistemas em todo o mundo. Para benefício das pessoas e da natureza, a humanidade precisa acelerar a restauração e colocar o mundo no caminho para um futuro sustentável.

Na área de meio ambiente, foram executadas as etapas programadas de dois grandes projetos de reflorestamento: o segundo ano do Zurich Forest Project, que realizou o plantio de mais de 120 mil mudas na floresta da RPPN Fazenda Bulcão; e o projeto #Refloresta com TikTok, que plantou 40 mil mudas em uma área adjacente à Reserva, também pertencente ao Instituto Terra.

Já o Programa Olhos D’Água de recuperação de nascentes, superou as dificuldades das visitas presenciais às propriedades rurais devido à pandemia, adaptando agendas e meios de comunicação com os produtores. Com o acompanhamento presencial retomado, foram finalizadas todas as etapas de proteção e recuperação de 12 nascentes em Aimorés e Baixo Guandu/ES, além de colocar em processo de recuperação mais 30 nascentes em Pocrane/MG.

No ano passado, também houve avanços na negociação do projeto de restauração de nascentes com recursos do BMZ – Ministério do Desenvolvimento da Alemanha. O programa também prevê educação ambiental das famílias dos proprietários e de comunidades do entorno, além da implantação de pelo menos 4 unidades experimentais de SAF’s, sistemas agroflorestais.

Outros números de destaque:

EM 2021

  • 163.765 (120.388 Zurich Forest Project + 40.000 TikTok + 77 Aire Ar + 300 Único + 3.000 Wacken Open Air – plantadas até fevereiro/2022)
  • + 243.000 MUDAS, de 78 ESPÉCIES NATIVAS da Mata Atlântica, produzidas no Viveiro
  • Melhoria de processos e capacitação de equipe.
  • + 12 NASCENTES PROTEGIDAS E 30 NASCENTES EM PROCESSO DE RECUPERAÇÃO em 21 PROPRIEDADES RURAIS de Minas Gerais e do Espírito Santo.
  • + 6 HECTARES DE ÁREA REFLORESTADA fora dos limites do Instituto Terra.

 

Clique aqui para acessar o Relatório Anual de Atividades de 2021

A famosa casa de leilão vai sediar em setembro próximo uma exposição inovadora com as fotografias mais célebres do renomado fotógrafo Sebastião Salgado

 

Sebastiao Salgado and Lelia at Instituto Terra in Aimores, MG, Brazil.  © Luiz Maximiano

 

A parceria entre a Sotheby’s e o Instituto Terra para o leilão beneficente que acontecerá em noite de gala no dia 28 de setembro, na cidade de Nova York, visa garantir que o trabalho de reflorestamento transformador realizado pelo Instituto nos últimos 24 anos perpetue no futuro. Nesta primeira edição da Sotheby ‘s Impact Gala, Lélia Deluiz Wanick Salgado e Sebastião Salgado serão os grandes homenageados da noite.

Todos os recursos arrecadados por meio da Gala, exposição de vendas e leilão beneficente serão doados diretamente ao Instituto Terra para que a história da Mata Atlântica e o todo ecossistema envolvido sejam preservados.  Depois de mais de duas décadas de dedicação e trabalho, o Instituto Terra tornou-se referência brasileira em restauração ecossistêmica, especialmente em áreas degradadas.

  • A conservação e restauração ecológica e ambiental tanto de áreas de mata nativa como de nascentes degradadas da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, uma das principais fontes de água doce da Região Sudeste, são reflexos de alguns desses números do que:
  • Plantou cerca de 3 milhões de árvores nativas da Mata Atlântica do Brasil
  • Revitalizou mais de dois mil mananciais degradados
  • Produziu diversos programas educacionais que capacitam agricultores, funcionários públicos e crianças na conservação e restauração de ecossistemas nativos
  • Possibilitou o retorno de mais de 250 espécies de animais para o Instituto Terra, incluindo animais ameaçados de extinção, como o puma.

Informações sobre o em apoio ao Instituto Terra, entre em contato com a equipe de eventos em [email protected]

Sobre a Exposição de Vendas e o Leilão Beneficente, entre em contato com Emily Bierman, Chefe Global de Fotografias, [email protected]

Aimorés, 16 de março de 2022 – O Instituto Terra vem por meio desta nota se solidarizar com o povo Krenak e recomendar ao Parque Estadual de Sete Salões uma revisão do seu plano de manejo.

O Instituto Terra faz parte do Conselho Consultivo do Parque Estadual de Sete Salões e participou da construção da atual versão do plano de manejo, que foi aprovado no último dia 22 de fevereiro. Dias depois, chegaram ao conhecimento do Instituto as contundentes ressalvas ao processo de elaboração do plano de manejo do Parque, apontadas pelo povo indígena Krenak.

Em seus quase 24 anos de atuação, o Instituto Terra sempre prezou pela conservação da mata atlântica no Vale do Rio Doce e busca manter um bom relacionamento com todos os agentes engajados nessa missão. Por isso, o Instituto vem a público afirmar que:

  • As reivindicações do povo Krenak são pertinentes e devem ser levadas em consideração por toda a sociedade, em especial as comunidades adjacentes ao seu território.
  • A resistência do povo Krenak é fundamental para a preservação das florestas na região do Vale do Rio Doce.
  • O plano de manejo de uma unidade de conservação é um documento vivo, passível de mudanças.
  • A função primordial das organizações de preservação ambiental é garantir a conservação dos ecossistemas daquela área, causa com a qual as famílias indígenas Krenak também pactuam.

Por tudo isso e por entender que somos todos parceiros na missão de conservar os ecossistemas no Vale do Rio Doce, o Instituto Terra recomenda ao Parque Estadual de Sete Salões a revisão do atual Plano de Manejo, num processo que inclua a participação direta do povo Krenak.

Com isso, o Instituto Terra reafirma o seu compromisso de estreitar o relacionamento de agentes e comunidades que atuam na preservação ambiental.

Instituto Terra anuncia nova diretoria executiva

Sérgio Rangel, consultor e especialista em Gestão Empresarial, assume a função no lugar de Isabella Salton, que deixa o cargo por motivos pessoais.

 

Comunicamos a todos as mudanças na Diretoria Executiva do Instituto Terra, ocorridas em 1° de março deste ano.

Isabella Salton, que estava na função de Diretora Executiva desde maio de 2016, deixou o Instituto Terra por motivos pessoais. A posição foi assumida por Sérgio Rangel, consultor e especialista em Gestão Empresarial com vasta experiência profissional. Ele conta com a Assessoria Técnica de Pieter-Jan van der Veld, engenheiro agrônomo graduado na Holanda e com mais de 25 anos de experiência de trabalho com pequenos agricultores e comunidades indígenas no Brasil.

As deliberações foram tomadas pelo Conselho Diretor do Instituto Terra em reunião extraordinária realizada no último dia 18 de fevereiro e comunicadas aos funcionários do Instituto Terra.

As mudanças na Diretoria Executiva estão alinhadas com a missão do Instituto Terra de promover a restauração ecossistêmica, a educação ambiental e o desenvolvimento rural sustentável no Vale do Rio Doce. Além de otimizar a gestão e os processos internos, o Instituto pretende ampliar seu potencial de ação, mobilizando parceiros e apoiadores comprometidos com o movimento planetário de preservação e recuperação ambiental.

Registramos aqui nossos agradecimentos a Isabella Salton pelos quase seis anos de dedicação ao Instituto, pelo apreço e carinho que sempre demonstrou para com toda a equipe em período de grandes desafios e transformações, e pelo profissionalismo com que conduziu o diálogo com todos aqueles que se relacionam com o Instituto Terra. Registramos também nossos votos de sucesso a Sérgio Rangel na nova função que passa a ocupar.

Seguimos juntos na nossa missão.

O processo seletivo para a turma 2022 do Núcleo de Estudos em Restauração Ecossistêmica (NERE) do Instituto Terra foi concluído.

Foram selecionados 19 candidatos, advindos de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia.

Boa parte dos agentes que integrarão a turma deste ano já havia sido selecionada para a turma de 2020, que foi interrompida por causa da pandemia. Agora, os jovens se preparam para viver uma experiência transformadora de formação técnica em restauração de ecossistemas, com aulas teóricas e práticas no Instituto Terra e arredores.

Desejamos sucesso para a nova turma!

Confira a lista completa de aprovados:Lista de Aprovados Turma NERE 2022

31 de janeiro é o Dia Nacional das RPPNs, e nós do Instituto Terra fizemos este post para estimular que mais proprietários de terra no Brasil criem áreas de preservação ambiental. 

O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo. São mais de 116.000 espécies animais e mais de 46.000 espécies vegetais conhecidas no País, espalhadas pelos seis biomas terrestres e três grandes ecossistemas marinhos. Essa rica biodiversidade posiciona o Brasil como protagonista nas discussões globais sobre meio ambiente. Preservar a diversidade biológica é fundamental para o futuro do planeta. E isso tem tudo a ver com as RPPNs, olha só: 

O que é RPPN?

RPPN é a sigla para Reserva Particular do Patrimônio Natural, uma categoria de unidade de conservação criada em áreas privadas, por iniciativa dos proprietários de terra que reconhecem o valor ambiental de sua área. O objetivo principal de criar uma RPPN é conservar a biodiversidade do local, já que os proprietários da terra assumem o compromisso de proteger a natureza. 

As RPPNs foram criadas por decreto em 1990 e passaram a ser consideradas Unidades de Conservação no ano 2000, com a publicação da Lei 9.985, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Elas são uma importante contribuição da sociedade civil para a proteção do meio ambiente, pois divide com o governo o ônus da gestão. As áreas de RPPN são gravadas com perpetuidade, na matrícula do imóvel, sendo que o proprietário não perde a titularidade.

Além de preservar belezas cênicas e ambientes históricos, as RPPNs assumem cada vez mais objetivos de proteção de recursos hídricos, manejo de recursos naturais, desenvolvimento de pesquisas cientificas, manutenção de equilíbrios climáticos ecológicos entre vários outros serviços ambientais. Isso porque são permitidas atividades recreativas, turísticas, de educação e pesquisa na Reserva, desde que estejam previstas em seu plano de manejo e/ou autorizadas pelo órgão ambiental responsável pelo seu reconhecimento. 

Conservação da biodiversidade, estímulo à consciência ambiental e perpetuidade: por que as RPPNs são importantes

As RPPNs trazem em sua essência um compromisso da sociedade civil com a conservação dos ecossistemas, pois a iniciativa de tornar aquela área uma RPPN parte do proprietário da terra. As RPPNs contribuem de forma significativa para a ampliação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), aumentando não só a quantidade de áreas de preservação em si, como possibilitando que mais pessoas e comunidades se engajem na conservação do meio amebiente e da biodiversidade do local. Atualmente, o Brasil conta com 1.567 RPPNs distribuídas em todas as unidades federativas do país; juntas, essas reservas somam mais de 890 mil hectares de área preservada. 

As RPPNs também são espaços para boas experiências na natureza, pondo as pessoas em contato direto com o ambiente natural e proporcionando o desenvolvimento regional, através de atividades de turismo ecológico, pesquisa científica e educação ambiental. 

As RPPNs trazem diversas vantagens para seus proprietários: a primeira delas é a certeza de que a área será perpetuamente preservada. Outros benefícios são o Direito de propriedade preservado; Isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) referente à área criada como RPPN; Prioridade na análise dos projetos, pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA); Preferência na análise de pedidos de concessão de crédito agrícola, junto às instituições oficiais de crédito, para projetos a serem implementados em propriedades que contiverem RPPN em seus perímetros; e Possibilidades de cooperação com entidades privadas e públicas na proteção, gestão e manejo da unidade. Em contrapartida, os donos de Reservas têm por obrigação administrar e proteger suas áreas, cabendo aos órgãos federais ou estaduais apoiar o manejo e a gestão das RPPNs. 

Por tudo isso, as RPPNs são hoje uma das mais importantes e efetivas estratégias para a conservação dos biomas brasileiros.

Como criar uma RPPN?

Para criar uma RPPN, o dono do terreno deve fazer um requerimento junto ao órgão ambiental, que vai analisar os documentos e fazer uma vistoria técnica no local. Em nível federal, o Instituto Chico Mendes (ICMBio) é o órgão responsável pela criação de RPPNs; e há também Secretarias Estaduais e Municipais de Meio Ambiente, Institutos e Prefeituras que podem conceder o título de RPPN. Confira a lista de órgãos ambientais da Confederação Nacional de RPPNs e encontre o mais próximo de sua propriedade.  

 Depois da vistoria e análise documental, será elaborado um Termo de Compromisso e averbado à margem da escritura pública do imóvel, possibilitando, por fim, a publicação da Portaria de criação da RPPN. Uma vez instituída, a reserva passa a integrar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, conforme previsto na Lei Federal nº 9.985/2000. Por ter caráter perpétuo, a Reserva será mantida mesmo em caso de repasse para herdeiros ou venda da área, que só poderá ser desafetada através de projeto de lei. Veja o procedimento para criação de RPPN do ICMBio

Vale destacar que as RPPNs podem ser criadas tanto em áreas rurais quanto em zonas urbanas, não havendo tamanho mínimo para seu estabelecimento. A Reserva tem domínio privado e caráter perpétuo, portanto não há desapropriação ou alteração dos direitos de uso da propriedade. 

RPPN Fazenda Bulcão Instituto Terra / Leonardo Merçon (Instituto Últimos Refúgios)

 

O Instituto Terra e a RPPN Fazenda Bulcão

Quando decidiram criar o Instituto Terra, Lélia Deluiz Wanick Salgado e Sebastião Salgado se mobilizaram para que a antiga fazenda da família Salgado fosse reconhecida como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). 

O título de RPPN foi concedido pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Portaria do Instituto Estadual de Florestas IEF/MG Nº 081, promulgada em 07 de outubro de 1998. Esse título guarda seu ineditismo por ser a primeira RPPN criada em uma área degradada, com o compromisso de vir a ser recuperada

Compromisso este que é levado a cabo Instituto Terra, que desenvolve atividades de produção e plantio de mudas nativas, pesquisa científica aplicada, proteção e recuperação de nascentes da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, além de promover projetos de educação ambiental e formação técnica em restauração ecossistêmica e turismo ecológico. 

Hoje, mais de duas décadas depois de criada, a RPPN Fazenda Bulcão conta com 608,69 hectares cobertos por uma jovem floresta replantada com mais de 2,5 milhões de árvores, de quase 300 espécies nativas da Mata Atlântica. Além da diversidade de espécies vegetais restabelecida, olhos d’água e animais também voltaram a aparecer na reserva. Mais de 230 espécies da fauna brasileira, algumas ameaçadas de extinção, encontratam na RPPN Fazenda Bulcão um refúgio seguro para viver.

Conheça mais características da RPPN Fazenda Bulcão no perfil da Reserva na plataforma Restor (Crowther Lab). 

 

E aí, gostou deste post? Compartilhe com quem você acha que pode se interessar, e vamos conservar da biodiversidade brasileira!

Após quase dois anos de atividades suspensas, o curso volta a receber estudantes no início do próximo ano.

O Núcleo de Estudos em Restauração Ecossistêmica (NERE) teve suas atividades suspensas desde o início da pandemia do COVID-19. 2020 e 2021 ficarão marcados como os primeiros anos desde a criação do curso onde não houve formação de agentes. Agora, seguindo as normas de flexibilização, o Núcleo retornará com as atividades presenciais com estudantes.
Agentes da turma de 2020 têm seu direito de retorno garantido. E, para finalizar a formação da turma NERE 2022, o Instituto Terra lança um edital com o objetivo de selecionar mais estudantes.

Confira o edital completo AQUI.

 

Sobre o NERE
Inaugurado em agosto de 2005, o Núcleo de Estudos em Restauração Ecossistêmica é um curso de formação pós-técnico que proporciona aperfeiçoamento profissional e formação teórica em áreas como: Socialização Pedagógica, Acompanhamento de Projetos de Recuperação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, e Educação e Interpretação Ambiental.
Funcionando em regime de semi-internato, incluindo alojamento e alimentação, a capacitação oferecida pelo NERE tem duração de 1 ano e conta com atividades práticas e teóricas.
Além de atuar nos setores internos do Instituto Terra, a turma de jovens também vivenciam experiências fora do Instituto, realizando intervenções e palestras, acompanhando produtores rurais nos projetos de proteção de nascentes, dentre outras atividades que contribuem para a formação dos agentes ambientais.

 

Mais informações
Para mais informações sobre o curso, contate o Orientador Educacional responsável pelo NERE:
Arlon Mattos
+55 21 99442-0533
[email protected]

 

Atualização em 01/02/2022: Este processo seletivo foi encerrado. Confira a lista de aprovados AQUI.

Parceria do tradicional festival de música Wacken Open Air com WWF Alemanha e Instituto Terra vai recuperar nascentes da Bacia Hidrográfica do Rio Doce.

 

Pela primeira vez desde seu surgimento, em 1990, o festival de heavy metal ao ar livre Wacken Open Air, que ocorre anualmente na pequena vila de Wacken, no norte da Alemanha, teve que ser cancelado em 2020. A pandemia de Covid-19 adiou o encontro dos fãs de heavy metal, mas não os impediu de exercer a sua solidariedade. 

A organização do festival se uniu à WWF Alemanha e convocou os metalheads a participarem de uma campanha colaborativa em prol do meio ambiente e do desenvolvimento socioeconômico. O programa Olhos D’Água, desenvolvido pelo Instituto Terra, foi escolhido para pôr em prática um projeto socioambiental na Mata Atlântica.

Wacken Open Air
O festival Wacken Open Air é realizado anualmente desde 1990

 

Em ação desde abril, a parceria mobilizou 15 produtores rurais da cidade mineira de Pocrane para proteger e recuperar 30 nascentes da Sub-bacia do Rio Manhuaçu. Os produtores que participam do projeto trabalham em sua maioria com pecuária e aceitaram cercar suas nascentes porque sabem da importância de cuidar das fontes de água. Esse cuidado é ainda mais significativo na região, pois essas nascentes formam o Córrego Bom Retiro — conhecido como “Corredeira” —, de onde é feita a captação da água para abastecer toda a cidade de Pocrane. 

O projeto está na fase de construção da cerca ao redor das nascentes, uma etapa que exige muito empenho dos produtores. Isso porque o ideal é que cercamento seja feito antes da chegada das chuvas, em novembro. O período chuvoso é o momento ideal para iniciar a próxima etapa do projeto: o plantio de mudas nativas da Mata Atlântica, que vão formar uma pequena floresta e ajudar a proteger a nascente.

Cercamento de nascentes - Wacken Open Air e WWF Alemanha
Produtores e Prefeitura de Pocrane cercando nascentes pelo programa Olhos D’Água com Wacken Open Air e WWF Alemanha

 

Nesta etapa de cercamento dos olhos-d’água, o projeto também está contando com o importante apoio da Prefeitura de Procrane, que tem oferecido mão-de-obra para efetuar o cercamento das nascentes e tem auxiliado no transporte dos insumos até áreas de difícil acesso.

A realização do projeto segue até dezembro de 2023. Até lá, seguimos cuidando das nascentes, plantando árvores e curtindo muito heavy metal.

 

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